Separados por apenas cinco pontos no primeiro turno, o candidato petista Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, estão distantes no quesito despesas eleitorais. O petista já pagou R$65,4 milhões a fornecedores de serviços à sua campanha, enquanto Bolsonaro gastou apenas R$6,9 milhões no mesmo período. Lula tem ainda outros R$12,3 milhões em dívidas que precisam ser pagas. Já Bolsonaro tem R$8,2 milhões em despesas contratadas pendentes.
Ambos os candidatos têm limite idêntico de gastos: R$89 milhões no 1º turno. Lula comprometeu R$77,7 milhões em gastos pagos e pendentes.
A campanha de Bolsonaro tem um total de R$15,1 milhões em gastos pagos e pendentes, com folga até o teto.
No segundo turno, o limite de gastos das campanhas presidenciais aumenta 50%. Cada um ganha R$44,5 milhões a mais para a campanha.
A conta vale também para governadores: cada disputa tem 50% a mais de limite. Em São Paulo, por exemplo, isso significa R$13,3 milhões.
A aliança entre Jair Bolsonaro (PL) e o candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União) é questão de sobrevivência para os dois no segundo turno. Apesar da relação nada amigável, Bolsonaro precisa avançar sobre os 3,3 milhões de votos que Neto conquistou no primeiro turno, no estado. Ao mesmo tempo, ACM ficou 702 mil votos atrás do candidato do PT, Jerônimo, e precisa de todos os 738 mil votos que o candidato bolsonarista na Bahia, João Roma (Rep), obteve no primeiro turno.
O candidato baiano do Psol, puxadinho do PT, Kleber Rosa, conquistou 48 mil votos, o que aperta ainda mais a disputa no segundo turno.
Bolsonaro teve pouco mais de 2 milhões de votos na Bahia, no primeiro turno, 1,3 milhão a menos que ACM Neto.
No cenário nacional, Bolsonaro teve cerca de seis milhões de votos a menos que Lula. Quase 4 milhões deles apenas na Bahia.
Presidente da Câmara e reeleito, Arthur Lira (PP-AL) considera que a eleição de parlamentares de direita deu aval a pautas de modernização do Brasil. “Esta vontade se confirmará ainda mais no 2º turno”, disse.
O PT virou “partido dos grotões”, e Lula herdou o título que divertia Brasília nos 1980, o de “estadista do Funrural”, fundo de contribuição social usado de maneira clientelista pelos políticos de má fama.
Pesquisa Quaest (registro BR-07940/22) revelou, pela primeira vez, que grande parte dos eleitores (49%) respondeu que o presidente Jair Bolsonaro faz “o que pode para resolver os problemas do país”
Meses depois, ainda bomba no Youtube o podcast Os Sócios, de Bruno Perini, com mais de 1,3 milhão de visualizações, em que Zoe Martínez, 22, garota cubana exilada no Brasil, contou como a ditadura de Cuba suprimiu a liberdade e direitos básicos, de comida a papel higiênico.
Dois ex-governadores do DF não conseguiram se eleger nem mesmo a deputado federal, este ano: Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD). Ambos deixaram o governo com alta rejeição dos brasilienses.
Cientista político, Paulo Kramer espera os “envergonhados do centrão” no 2º turno ajudando Bolsonaro, que, em 2018, deu carona a muitos políticos de direita e centro-direita. “Agora ele é quem vai precisar”, diz.
Dois institutos de pesquisas têm sido festejados pelo trabalho bem feito no 1º turno: Paraná Pesquisas e Potencial Inteligência. Outros, como Equilíbrio Brasil, também romperam o monopólio do “consórcio”.
O segundo navio com diesel importado da Rússia chegou ao Brasil e o ministro Adolfo Sachsida (MME) comemorou. “São cerca de 30 milhões de litros aguardando para descarregar no porto de Paranaguá”, disse.