Ao evitar embaixador do Irã, Janja ignora 120 anos de relações entre brasileiros e iranianos

A primeira-dama se esquivou do aperto de mão de Hossein Gharibi, um gesto de protesto contra violações dos direitos humanos no Irã
Cláudio Humberto
Publicado em 07/01/2023 às 7:00
Janja e Lu Alckmin em momento da cerimônia de Posse de Lula Foto: Reprodução/ TV Brasil


A grosseria da primeira-dama Janja contra o embaixador do Irã, Hossein Gharibi, ao driblar a delegação do país, é inédita em posse presidencial. Janja quebrou o protocolo diplomático ao fugir dos convidados de Lula e se esconder ao lado da segunda-dama, Lu Alckmin. Janja foi alertada pelo cerimonial quanto ao aperto de mão (que não aconteceu), sinal de grande respeito entre iranianos, mas a corrida foi iniciativa própria.

Pegou mal

A fuga de Janja também foi entendida como ‘protesto’ da primeira-dama contra violações dos direitos humanos no Irã.

Consequências

Rege a tradição na diplomacia que ofender um embaixador, como Janja fez por julgamento pessoal, é como ofender a nação representada.

Quem paga é o Brasil

O Irã é um importante país para o empresariado brasileiro. O comércio bilateral entre as nações amigas movimenta mais de U$ 6 bilhões/ano.

Quanta diferença

A postura de Janja diverge da elogiadíssima visita da ex-ministra Tereza Cristina (Agricultura) ao Irã, em 2022, para ampliar relações comerciais.

Partidos custaram R$6 bilhões aos brasileiros em 2022

A fortuna que o pagador de impostos brasileiro foi obrigado a destinar para os partidos políticos no ano passado é o maior valor gasto com a política na História. Foram distribuídos cerca de R$6 bilhões às agremiações e, por consequência, aos políticos e candidatos, inclusive os derrotados. O fundão eleitoral, que banca as eleições, representou R$ 4,9 bilhões desse total. Já o fundão partidário, outros R$1 bilhão.

Falta fechar o ano

Até novembro, o fundo partidário deu R$905 milhões aos partidos. O maior beneficiado é o União Brasil, que ganhou três ministérios de Lula.

Mais cara do País

O fundão eleitoral, por sua vez, chegou a quase R$5 bilhões distribuídos para as campanhas. A mais cara delas foi a de Lula (PT): R$131 milhões

Só aumenta

Em 2023, que não é ano eleitoral, o fundão partidário deve distribuir mais R$1 bilhão para os partidos políticos.

Plano para o plano

O ‘grande’ resultado da reunião de Lula e os 37 ministros foi a definição de que daqui a duas semanas o governo anunciará “prioridades para os próximos 100 dias”. Nenhuma meta, nem caminho foram definidos.

Tampão

O suplente Theodorico Netto vive a expectativa de sentar na cadeira do senador Jean Paul Prates, cotado para a Petrobras. Mas, se assumir, não vai nem esquentar o lugar. O mandato termina no dia 1 de fevereiro.

Nada mudou

O presidente Lula proibiu celulares na primeira reunião ministerial. Nem ministros, nem funcionários puderam entrar na sala com os aparelhos. O governo pode ser novo, mas a desconfiança é a mesma de sempre.

Teoria das cores

A recém-empossada ministra Simone Tebet (MDB) tirou a camisa vermelha do armário para a foto oficial da equipe de Lula e seus (quase) 40 assessores. Evitou a cor em 2022... até o 2º turno da campanha.

Homenagem justa

O governador Ibaneis Rocha vai batizar o Túnel de Taguatinga, a maior obra viária em andamento no DF, em homenagem ao maior atleta brasileiro da História, Pelé. Será o Túnel Rei Pelé.

Prioritário

O presidente da CNI, Robson de Andrade, pediu para o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, prorrogar os programas da Sudene e Sudam: “prioridades da indústria no ano legislativo”, disse.

Número cabalístico

Após 13 votações sem sucesso até a noite de sexta (6), republicanos garantiam que tinha os votos necessários para eleger o presidente da Câmara dos EUA, cargo que o partido não ocupava há mais de 4 anos.

Dia que vive na infâmia

Há 81 anos a Marinha do Império do Japão realizava o ataque surpresa à frota dos EUA ancorada em Pearl Harbor (Havaí). Foi o mais letal (2,4 mil vítimas) ataque em território americano até 11 de setembro de 2001.

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