Certo dia, Diogo estava fazendo uma compra com a mãe dele e ela identificou um item que sabia estar mais barato num outro supermercado. Não teve dúvidas, se mandou pra lá! E, ao chegar no outro supermercado, após pegar cerca de 30 minutos de trânsito, o tal queijo já tinha acabado, e eles tiveram que voltar para o supermercado que estavam, o que tomou mais 30 minutos no trânsito.
Você já se deparou com alguma situação assim? A diferença de preço no queijo era mais de R$ 10, mas será que o tempo adicional perdido no deslocamento, além do tempo no outro supermercado e o combustível, realmente valia a pena para tamanha manobra? Isso acontece todos os dias nas mais diversas famílias brasileiras, que comemoram as economias realizadas, o que é positivo, mas que, muitas vezes, são impensadas, nem tão interessantes financeiramente falando, mas bem atrativas emocionalmente, filosoficamente pensando. Na prática, muitas vezes, não faz sentido, e hoje existem formas de se fazer uma pesquisa inteligente de preços a fim de evitar essas idas e vindas.
Recentemente, precisei comprar um remédio que era um pouco mais difícil de encontrar e usei o aplicativo Menor Preço, que lista a partir das notas emitidas o preço e estabelecimento que você pode encontrar o item (alimentos, bebidas, remédios e outros).
Aquilo me possibilitou não só ir de forma certeira à farmácia que tinha o item, como procurar de acordo com os melhores preços listados. Antes, telefonei para confirmar se o item ainda estava disponível, horário de funcionamento e ponto de referência, algo básico para não dar viagem perdida. Ninguém vai fazer uma feira completa se valendo de um aplicativo como esse, porém, para itens mais específicos ou de valor mais alto, faz bastante sentido uma pesquisa mais detalhada que favoreça o seu bolso. Fica a dica!
Há o pensamento correto de que se priorizarmos a compra dos itens à venda pelo preço mais justo, os estabelecimentos que não venderem por ter um preço mais alto, ficarão com o estoque cheio, produtos encalhados e se sentirão pressionados a apresentar um preço mais competitivo ou até mesmo promoções, por isso existe um sentido lógico na preferência pela compra por preços menores, e aí o planejamento e conhecimento vem à tona de forma mais ampla.
Vem no sentido do planejamento de que, se você conhece o preço e rotina de promoções e alternativas mais adequadas a sua realidade, é possível estabelecer um processo de compra mais eficaz. Fazendo, por exemplo, de acordo com a sua realidade, a compra maior do mês, que inclui material de limpeza entre outros itens, num atacado ou em qualquer estabelecimento que seja do seu conhecimento os melhores preços, deixando os itens semanais ou quinzenais, tal como frutas e verduras, a depender da sua dinâmica, para serem comprados em locais mais próximos de casa ou em algum local que faça parte do seu percurso e que apresente preços mais justos.
É ter em mente que, quanto menos vezes você for ao supermercado, menos exposto você está às tentações desse ambiente, afinal, quanto mais vezes você entrar neles e tiver com o carrinho na mão, por mais corredores e gôndolas você vai passar, mais promoções e tentações de colocar itens que sejam supérfluos. Portanto, menos idas, menos exposição, mais adequação, é nisso que acredito. Aqui falamos de compras, consumo, comportamento, de escolhas e atitude, em que você, eu, nós consumidores precisamos nos proteger. O comércio é cheio de metas, o marketing ávido pelos gatilhos, por criar necessidades, tudo isso tem a força de impactar no seu bolso, observe que a própria disposição de um supermercado é orientada para o consumo. A entrada, não só por questões de segurança, mas também de fluxo, direciona o público para o mesmo lugar, em que geralmente há itens supérfluos e que não são prioritariamente procurados, entre eles, eletrodomésticos, eletrônicos, roupas, brinquedos.
E os mais procurados nesses locais, normalmente, estão lá no fim de tudo, de forma que obrigue o consumidor a percorrer todo o supermercado, chegando aos itens essenciais já com o carrinho mais cheio do que o planejado, com alimentos e itens que nem sequer estavam na lista (isso para quem faz uma lista, acho bem válido). E se a lista for pequena, que tal pegar uma cestinha ao invés do carrinho? Isso limita o espaço físico, e o desconforto de levar a cesta de um lado para o outro te faz rodar apenas o necessário e agir de forma mais objetiva também.
São muitos pontos, subjetividade que no calor do dia a dia não costumamos refletir, e que muitas vezes impacta no nosso mês, no orçamento e desequilíbrio de tantas pessoas. É necessário entender que o dinheiro não está só no bolso, no banco, na corretora, nos investimentos ou nas dívidas, mas no nosso comportamento, nas nossas atitudes e escolhas.
Grande abraço e até a próxima!
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