Saiba como usar o PIX de forma segura e evitar golpes
Com o tempo, acredito que esteja claro que o brasileiro tem uma criatividade gigante. Ah, isso é inegável! O ponto é que essa criatividade nem sempre é usada para o bem comum. Leia a opinião de Leandro Trajano
Com o tempo, acredito que está claro para mim e para você que o brasileiro tem uma criatividade gigante. Ah, isso é inegável! O ponto é que essa criatividade nem sempre é usada para o bem comum. Tenho recebido de forma frequente através do WhatsApp, relatos de golpes e mais golpes relacionados ao PIX. Isso, de fato, é negativo por várias razões, mas destaco aqui a desconfiança gerada em relação à ferramenta, sendo esta, por si só, bastante segura e eficaz naquilo que se propõe.
Quem me conhece um pouco mais sabe que eu gosto muito de usar analogias para facilitar a compreensão e visualização de determinadas questões. Imagine a rua de uma cidade como Londres, à noite, perto de um ponto turístico, de modo geral, ela não é perigosa, certo? Imagine agora uma rua do centro do Recife ou mesmo de algum bairro da Zona Norte, ela é segura para caminhar tarde da noite sozinho?
Bem, não sei o seu ponto de vista, mas a verdade é que as ruas por si, são apenas ruas e não oferecem perigo a ninguém. Tal qual o PIX. O problema é o ser humano, esse torna o mais tranquilo dos lugares perigosos.
Mas antes de falar do que você pode fazer para se proteger e evitar golpes, deixa eu trazer algo mais sobre o PIX. Ele iniciou no Brasil em novembro de 2020, é algo inovador, pelo menos por aqui, mas já parte da rotina há anos em vários países, sim o PIX é de fato prático e dinâmico. O PIX vai além, não serve apenas para pagamentos, mas também para transferências instantâneas, a transação deve ser concluída em até dez segundos e funciona 24 / 7 / 365, isto é, 24 horas por dia, nos 7 dias da semana e nos 365 dias do ano.
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O PIX vai ser ainda mais inovador com a modalidade do saque em estabelecimentos diversos do varejo, que permitirá realizar um saque em espécie usando o PIX no caixa de uma loja de varejo, por exemplo. Simplificando, para sacar em espécie usando o PIX, a pessoa faz um pagamento usando o QR Code e recebe o valor da transação em espécie.
Para 2021, tem ainda o PIX Troco, neste caso, o dinheiro em espécie é a diferença do pagamento por uma compra. Por exemplo: você compra um produto de R$ 50 e faz o pagamento com um PIX de R$ 100, e assim recebe o troco de R$ 50 em espécie.
O nome PIX (no Brasil) vem de Pagamento Instantâneo, e o X remete ao que vai de um lado para o outro, dinâmico, multiplicador como podemos ver nas modalidades acima, tendo um menor custo, maior rapidez e conveniência em relação à praticidade e sem limite de dia e hora.
A tendência é que, com o passar dos anos, o PIX aposente a TED e o DOC, que estão fadados ao desuso tal como hoje acontece com o talão de cheque, mas esse processo vai levar algum tempo. Para alguns, isso já tem sido "ruim", pois já não existe aquela desculpa de que "a hora da TED já passou e que amanhã transfere", empurrando com a barriga as obrigações.
O Banco Central, que é o administrador e está à frente do PIX, garante que ele é extremamente seguro e de alta tecnologia, por isso, o PIX em si tem tal segurança. A atenção que precisa ser dispensada é aos golpes aplicados mirando o PIX como meio para obter valores de forma ilegal. Olhos bem abertos!
Lembrando que o PIX traz segurança, pois para fazer o pagamento através dele, você precisa acessar a sua conta bancária. Então, se o seu celular for roubado, o uso do PIX só será possível se houver o acesso à senha de acesso do seu celular e também ao aplicativo do banco.
Nada diferente do que já temos nos dias de hoje, segue sendo importante da mesma forma se proteger, por isso use senhas seguras.
Quanto às chaves, inicialmente, a aleatória me parece mesmo a mais segura, por inibir os dados, afinal, é melhor isso do que ter o seu CPF, telefone ou e-mail circulando por aí. Mas é claro, se a transação é com alguém de sua confiança, use uma chave mais fácil de memorizar, facilita para todos.
O PIX tem três camadas de proteção, sendo a primeira dada pelas próprias instituições financeiras homologadas pelo Banco Central, e só elas podem cadastrar e ativar chaves no PIX.
Por isso, olho vivo, não faz sentido nada de pagamento do PIX fora do aplicativo do seu banco, isto é, através da leitura do QR Code, uso de chave PIX, não forneça dados extras.
A segunda camada é a de validação dos dados. Ao fazer uma transação, você precisa confirmar sua identidade, isso é feito com a sua senha, biometria ou até reconhecimento facial.
A terceira camada de proteção é a de ativação da chave para concluir a operação. Ao ativar essa chave, é criado um código criptografado que só a sua instituição e o Banco Central reconhecem, por fim a transferência é concluída de forma rápida, eficiente mesmo e bem segura.
Para fazer o PIX você deve acessar o aplicativo do seu banco, digitar sua senha de acesso, localizar o PIX e de forma intuitiva avançar em relação ao que deseja fazer: transferir, pagar, indicar o tipo de chave de destino, incluir o valor, tudo isso dentro do aplicativo do seu banco. E caso você precise pagar usando o QR Code, siga as instruções dentro do aplicativo, apontando a câmera do celular para o QR Code que deseja fazer a leitura, o que acontece de forma automática e instantânea. Confira os dados que aparecem, em seguida, digite o valor e, por fim, a sua senha.
Na dúvida desconfie, evite circular dados em sites desconhecidos. Desconfie e corra de qualquer coisa relacionada ao PIX fora do aplicativo do seu banco, não faça cadastros nem associe seus dados de forma aleatória. Não acredite em anúncios ou links que visam orientar você sobre como instalar e usar o PIX, e para isso pede a inserção de dados.
Abraço a até a próxima!