APELO

Sintepe pede a suspensão das aulas presenciais na rede estadual de ensino de Pernambuco

Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco pede que governo do estado inclua as escolas nas restrições anunciadas nessa segunda-feira (1º)

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Katarina Moraes

Publicado em 02/03/2021 às 9:00 | Atualizado em 02/03/2021 às 10:48
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) emitiu, nessa segunda-feira (1º), uma nota pedindo a interrupção das aulas presenciais na rede estadual de ensino. O apelo, feito pela categoria desde a reabertura das escolas, ganhou mais força após o governo do estado anunciar novas restrições em todos os 184 municípios de Pernambuco, com o intuito de frear a contaminação da covid-19, e não ter incluído os colégios no plano.

Em discurso, o governador Paulo Câmara (PSB) justifica as medidas restritivas com base na altíssima ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a "aceleração" na contaminação e hospitalização decorrentes da covid-19, o que leva à necessidade de "reduzir o contato social para frear essa escalada dos números".

Por texto, o Sintepe argumenta que, se é preciso "reduzir o contato social", como disse o governador, "é imperativo interromper as atividades presenciais na educação como forma de reduzir contágios, internamentos e mortes".

Desde que donos de escolas privadas pressionavam a gestão estadual para reabrir escolas, o Sintepe defendia a manutenção das aulas apenas remotas. Após o governo anunciar o retorno presencial, o sindicato realizou greves e foi obrigado pela Justiça, sob ameaça de multa, a suspender a manifestação. Os professores, então, voltaram às escolas. 

"Desde então, denunciamos os recorrentes casos de contaminação e os alarmantes índices da COVID-19 em nosso estado. Temos uma ação tramitando no Tribunal de Justiça de Pernambuco, detalhando nossos motivos em defesa da vida e contra as atividades presenciais", disse o Sintepe.

Os representantes perguntam ainda que se os secretários estaduais de Saúde, em nota conjunta, chamaram o atual quadro de "pior momento da crise sanitária provocada pela COVID-19", "o que o Governo de Pernambuco estaria esperando para interromper as atividades nas escolas". O sindicato exige ainda a suspensão das aulas presenciais "em defesa da vida dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, dos estudantes e de toda comunidade escolar".

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