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Por Mirella Araújo e equipe
COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

Pós-graduandos vão ingressar com mandado de segurança no STF para obrigar governo Bolsonaro a liberar verbas para bolsas de mestrado e doutorado

Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) informa que ingressará, até o final desta quarta-feira (07), com mandado de segurança contra a União. São 103 mil bolsistas da Capes prejudicados

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Margarida Azevedo

Publicado em 07/12/2022 às 16:18 | Atualizado em 07/12/2022 às 20:16
No Recife, na manhã desta terça-feira, bolsistas da UFPE realizaram um ato no câmpus Recife contra o não pagamento das bolsas de mestrado e doutorado - Divulgação

Em mais uma ação para tentar reverter o bloqueio de verbas para pagamento de bolsas para alunos de mestrado e doutorado, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) informa que ingressará, até o final desta quarta-feira (07), com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo federal. A tentativa é de juridicamente obrigar a União a repassar as verbas retiradas que custeiam as bolsas dos pesquisadores.

Segundo o presidente da ANPG, Vinícius Soares, 30 anos, aluno da residência em saúde coletiva da Secretaria de Saúde de Pernambuco, o bloqueio afeta 89 mil alunos de mestrado e doutorado que recebem bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Também mais 14 mil alunos de medicina que fazem residência custeadas pelo MEC.

O mandado de segurança será em conjunto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

"Também estamos mobilizando os bolsistas para atos em todo o Brasil, nesta quinta-feira (08). Estão confirmadas manifestações em mais de 20 universidades como UFC, UFRJ, USP, UFRGS e UFG. Em Brasília haverá na UNB e de lá seguiremos para frente do MEC", diz Vinícius, que está na capital federal liderando articulações com parlamentares e outras entidades para pressionar o governo a liberar os recursos.

"Por causa do não pagamento das bolsas, muitos estudantes não terão como se deslocar, por exemplo, para as universidades. Por isso defendemos também que as pesquisas sejam suspensas até que esse calote do governo Bolsonaro seja revertido. A Capes tinha conseguido empenhar os recursos para pagar as bolsas, mas o governo bloqueou o dinheiro", comenta Vinícius.

Movimentos estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), além de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (FOPROP) e a Academia Pernambucana de Ciências apoiam a mobilização, informa Vinícius. 

No Recife é feriado nesta quinta-feira (08) porque é o dia dedicado à Nossa Senhora da Conceição. Por isso, o ato na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ocorreu na manhã desta quarta-feira (07), em frente ao Restaurante Universitário, no câmpus da capital.

Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a manifestação está programada para 17h30, também nesta véspera de feriado, igualmente em frente ao RU, no câmpus que fica em Dois Irmãos, Zona Norte da cidade.

UNIVERSIDADES E INSTITUTOS

Reitores das universidades e institutos federais também estão em Brasília nesta quinta-feira para discutir a corte de verbas para as instituições de ensino. A reunião foi convocada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Os reitores de Pernambuco - Alfredo Gomes (UFPE), Marcelo Carneiro Leão (UFRPE) e Airon Melo (UFAPE)  estão na capital federal para participar do encontro nacional.

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