Os professores da rede municipal da cidade de Paulista, no Grande Recife, decretaram, nesta terça-feira (14), estado de greve, alegando falta de material para trabalho e falta de diálogo por parte da prefeitura. A mobilização foi definida após assembleia realizada pela categoria.
De acordo com o Sinprop, sindicato que representa os professores no município, os profissionais estão tendo de arcar com a compra de materiais necessários para a realização das aulas nas escolas municipais.
"A falta de apoio à educação inclusiva é inadimissível. Somos responsáveis por produzir a maior parte do material utilizado nas atividades, enquanto menos de 10% é entregue pela secretaria de Educação", afirma em nota o sindicato.
Na assembleia ficou definido, além do estado de greve, a eleição de uma comissão de negociação e realização de duas assembleias com ato público por semana.
Os professores do Recife também decretaram estado de greve no último dia oito de março. Além de reforçar as pautas de 2022, este ano a principal demanda da categoria é a valorização profissional com a aplicação do índice de 14,95% aplicado em todos os níveis da carreira e a incorporação dos 12% referentes à última campanha salarial.
Os professores já rejeitaram a proposta do governo municipal de 5,79% na carreira a partir deste mês de março sem retroativo, e o restante como abono a partir de julho.
Os professores do Recife também criticam que o prefeito João Campos (PSB) retirou R$20 milhões da Educação do Recife, que foram repassados para pagar encargos da dívida pública.