ENEM: quando CORRETORES DO ENEM irão receber? Veja o que diz a FGV

Nas redes sociais da FGV, corretores e outros usuários, passaram a postar comentários recorrentes sobre o não pagamento
Lucas Moraes
Publicado em 08/05/2023 às 12:41
FGV atuou em consórcio na aplicação do Enem de 2022 Foto: FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM


Corretores de redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm se queixado de não terem recebido os valores referentes ao pagamento pelo serviço. O pagamento deveria ser feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) instituição contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que integra o governo federal. 

Nas redes sociais da FGV, corretores e outros usuários, passaram a postar comentários recorrentes sobre o não pagamento. "Os corretores do Enem estão sem pagamento. O mínimo de respeito com os profissionais da educação é necessário", comentou um perfil. 

Outros corretores reclamaram que o atraso é recorrente e se repete por mais um ano. "Mais um ano e a FGV colecionando atraso no pagamento dos seus colaboradores. Paguem os corretores", cobrou outro perfil. 

Os corretores do Enem alegam que o prazo estipulado inicialmente para pagamento foi o fim do mês de março. Mas chegado o mês de maio, o dinheiro ainda não foi repassado. 

Cada corretor recebe de acordo com a quantidade de redações corrigidas e a modalidade de correção. Os valores pagos também variam entre o primeiro e o terceiro corretor. Quem faz a primeira ou segunda avaliações, recebe R$ 3,00, por correção. Já quem faz a terceira avaliação, R$ 3,30; redação de análise de desempenho: R$ 1,50. 

Os corretores, no entanto, podem corrigir até 200 redações por dia, o que os leva a um acúmulo não só de trabalho mas também da remuneração. 

O processo de correção começou oficialmente no dia 12 de dezembro e, apesar de alguns corretores informarem que ele foi encerrado ainda em janeiro, para eles, a Fundação Getúlio alega que não é bem assim. 

Quando a FGV vai pagar os corretores do Enem

Procurada pela reportagem, a FGV disse que o processo de correção das redações ainda não se encerrou, "uma vez que, divulgado em 9 de fevereiro de 2023, o resultado específico dessa etapa, encontra-se em conclusão da fase recursal".

Só após esse período, que não teve nenhuma sinalização da prazo por parte da FGV, haverá a etapa de consolidação de dados, "conferindo-se, com indispensável minúcia, o número de redações corrigidas por colaborador".

Sem garantir nenhum prazo, a fundação diz ainda que, em relação ao Enem 2022, "a troca de governos causou pequeno, mas incontornável, reflexo no cronograma de conclusão do processamento do exame".

Até o fim do mês de abril, a FGV alevaga não ter recebido os valores referentes à correção das redações. A rerpotagem do JC entrou em contato com o Inep, questionando a instituição sobre o repasse dos recursos e cobranças à FGV. 

Em nota, o Inep reforçou que a "seleção e o pagamento da equipe de correções do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fazem parte dos serviços contratados administrativamente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Desse modo, a responsabilidade pela remuneração dos corretores das redações do Enem 2022 é da Fundação Getulio Vargas (FGV), instituição que faz parte do consórcio aplicador da edição".

"Enquanto unidade gestora do contrato, o Inep entrou em contato com a FGV, no intuito de obter esclarecimentos sobre o serviço, assim como a respeito da previsão de pagamentos dos profissionais contratados. Vale lembrar que o Instituto não possui gerência sobre os valores executados pela aplicadora, de modo que a remuneração dos colaboradores para execução do serviço é definida pela instituição".

Em 2022, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) decidiu renovar, de forma excepcional, o contrato com a Fundação Cesgranrio e com a FGV, que formam o consórcio responsável pela aplicação do Enem. 

Para este ano de 2023, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação, Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe) da Universidade de Brasília (UnB), voltará a ser o aplicador do Exame Nacional do Ensino Médio, recebendo R$ 329,7 milhões. A última vez que a Cebraspe assumiu o Enem foi em 2017. 

 

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