Professores, auxiliares de ensino e membros da equipe técnico-administrativa das Escolas Técnicas (ETEC) e Faculdades de Tecnologia (FATEC), vinculadas ao Centro Paula Souza, decidiram iniciar uma greve de tempo indeterminado a partir do dia 8 de agosto de 2023.
Ao menos 143 escolas e faculdades técnicas foram afetadas pela paralização. Além disso, também estão aderindo a essa greve os servidores técnico-administrativos da Unesp, uma categoria que guarda laços próximos com o corpo docente da nossa própria universidade.
Os funcionários estão demandando aumento salarial, a concessão de bônus e a revisão do plano de carreira, e estão destacando que a proposta de reajuste de 6% submetida à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo governador Tarcísio de Freitas (do partido Republicanos) não restaura sequer uma fração mínima das perdas decorrentes da inflação.
De acordo com um comunicado emitido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), foi destacado que "da mesma forma como a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um aumento de 50% nos salários do governador e seus secretários, além de um reajuste para o pessoal da segurança pública, é imprescindível que se promova equidade para os profissionais das Etecs e Fatecs, que se dedicam incansavelmente para manter a instituição como um modelo de excelência na educação pública".
GREVE ETEC 2023 CONTINUA
Durante a tarde do inaugural dia da greve, uma equipe composta por 10 representantes, incluindo diretores do Sinteps e manifestantes de diferentes regiões metropolitanas, interiores e Baixada Santista, foi recebida pela superintendente do Centro Paula Souza (CPS), a professora Laura Laganá.
Conforme informado por ela, não há previsão de aumento além do percentual de 6% proposto pelo governo, tampouco está sendo considerada qualquer alteração no montante do Bônus Resultado (limitado a um salário, no máximo) ou nos prazos de pagamento. As informações são da Central Única dos Trabalhadores.
A superintendente também comunicou que necessitaria de um período para elaborar a proposta de revisão de carreira a ser encaminhada ao governo, mencionando "até setembro".
Ela ressaltou a importância de entender que o encaminhamento da proposta não implica automaticamente na aceitação ou mesmo na discussão separada da carreira do Centro em relação a outras categorias.
Os integrantes da comissão relembraram, ademais, que a intenção do governo Tarcísio ultrapassa isso, sendo a elaboração de uma reforma administrativa para restringir direitos, conter os salários e fragilizar as contratações.
Por essa razão, é crucial que a categoria possua uma proposta de revisão de carreira prontamente estruturada e submetida ao governo o mais cedo possível, com o objetivo de impulsionar a negociação.