Na última terça-feira (08), professores e funcionários das Escolas Técnicas (Etec) e Faculdades de Tecnologia (Fatec) do estado de São Paulo realizaram um protesto, reivindicando aumento salarial, bônus, desenvolvimento de carreira e proteção para as instituições do Centro Paula Souza.
Após uma reunião com uma representante do Centro, as negociações não progrediram, levando os servidores a optarem por continuar em greve.
GREVE DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ETEC: ENTENDA O MOTIVO DA GREVE
As demandas da categoria incluem:
- Salário: busca por reajuste salarial devido à estagnação que resultou em perda do poder de compra;
- Bônus: solicitação de pagamento imediato de bônus;
- Plano de carreira: necessidade de revisão do plano de carreira, que não passa por atualizações desde 2014, e busca por negociações que atendam às reformas propostas pelos trabalhadores;
- Defesa das escolas do Centro Paula Souza: crítica à introdução do ensino técnico diretamente na rede estadual, argumentando que a criação de uma "rede paralela" de ensino técnico, sem investimentos, infraestrutura laboratorial adequada e contratação de professores qualificados, resultaria em um sério prejuízo para as Etecs.
COMO ESTÁ A GREVE AGORA?
O Centro Paula Souza, responsável pelas Etecs e Fatecs, não apoia a greve e afirma que o estado concedeu um aumento salarial acima da inflação para os servidores neste ano.
Eles também mencionam que a bonificação de resultados referente a 2022 será paga até outubro e que estão trabalhando em um novo plano de carreira.
De acordo com dados preliminares do Centro Paula Souza, 18% dos professores das Etecs e Fatecs com aulas pela manhã aderiram à greve no primeiro dia, e somente 3% das Etecs tiveram paralisação total no período matutino. Nas Fatecs, as atividades ocorreram normalmente.