VIOLÊNCIA

Menino de 11 anos é agredido com socos em sala de aula de escola em Olinda

O caso foi registrado na 7ª Delegacia Seccional de Olinda, segundo confirmação da Polícia Civil de Pernambuco

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JC

Publicado em 10/04/2024 às 14:49 | Atualizado em 10/04/2024 às 15:07
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*Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal 

Um menino de 11 anos de idade foi agredido dentro da sala de aula de uma escola municipal, localizada no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife. O estudante levou oito pontos no rosto, que foi cortado após levar vários socos de um adolescente de 14 anos, que estuda na mesma unidade de ensino.

Segundos os familiares da vítima, ele já teria procurado a direção da escola para denunciar que estava sofrendo bullying por parte deste mesmo estudante No entanto, nenhuma medida teria sido tomada para combater a prática, que começou com uma violência psicológica e resultou em violência física. 

"Foi desesperador quando cheguei na escola. Eles ligaram para mim, porque ele tinha se envolvido em uma briga e estava com o rosto cortado. Foi uma cena que não desejo a mãe nenhuma, foi de cortar meu coração", disse a mãe do aluno, em entrevista à TV Jornal

Ainda segundo a mãe da vítima, que não quis ser identificada, o jovem estava sofrendo desde o começo do ano com xingamentos. "Eu já tinha passado o caso para a coordenadora, para o diretor, e ninguém resolveu nada. Eu disse a eles que iria chamar a polícia para resolver porque não tinha como estar indo lá para tratar do mesmo assunto", explicou. 

No momento das agressões, o aluno de 11 anos estava usando óculos, que quebrou com o impacto dos socos. Ele foi encaminhado para a UPA e em seguida encaminhado para o Hospital da Restauração.

Os policiais que foram acionados pela família e auxiliaram no socorro a vítima, voltaram a escola e conseguiram descobrir o endereço e contato do adolescente de 14 anos para investigar o caso. Os pais do estudante que agrediu o menino de 11 anos foram encaminhados inicialmente para o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

No entanto, o caso foi registrado na 7ª Delegacia Seccional de Olinda, segundo confirmação da Polícia Civil de Pernambuco. O adolescente foi conduzido a delegacia para realização dos procedimentos cabíveis e depois ficou à disposição do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

"Estamos com medo. Meu filho não quer voltar para a escola até porque isso aconteceu dentro da sala de aula. Nós vamos procurar outro colégio, mas para lá ele não volta", disse a mãe da criança de 11 anos à TV Jornal.

A repórter Cinthia Ferreira também conversou com a vítima que explicou como tudo aconteceu. "Eu estava conversando com um amigo quando ele veio por trás. Aí para não arrumar confusão, sentei na minha cadeira e fiquei lá. Ele chegou perto, ficou me ameaçando e me xingando", disse o estudante bastante abalado. "Teve uma outra vez que a professora teve que segurar ele, para que ele não me espancasse", completou. 

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE OLINDA SE PRONUNCIA

Por nota, a Secretaria de Educação de Olinda afirmou que repudia todo e qualquer tipo de agressão e, logo que soube do fato apontado, nesta terça-feira (9), "prestou toda a assistência necessária ao aluno agredido". 

A pasta explicou que  a direção da instituição de ensino realizou o chamado junto ao Samu, para prestar o socorro e encaminhar o estudante a uma unidade de saúde. "A coordenação também tratou de solicitar o comparecimento imediato dos pais dos alunos envolvidos, reforçando o compromisso com o cumprimento da disciplina escolar", disse o comunicado.

Ainda de acordo com a Secretaria de Educação, partiu dos familiares do estudante agredido, tomar a iniciativa de chamar a polícia, que teria chegado ao local antes da equipe médica, encaminhando o estudante para a UPA. 

"A gestão municipal de Olinda reforça que vai continuar apurando o fato e destaca, ainda, o compromisso com a qualidade do ensino, ressaltando que já havia chamado a atenção dos pais dos mesmos estudantes, alinhando a adoção de medidas mais efetivas para garantir uma convivência pacífica no ambiente escolar", concluiu a Secretaria de Educação. 

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