Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vão decidir, na próxima quinta-feira (27), se a greve chegará ao fim. A assembleia geral extraordinária, no Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no Recife, foi convocada pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe). As atividades estão paralisadas desde o dia 22 de abril.
A expectativa é de que a greve, de fato, chegue ao fim. "O governo cedeu em várias outras demandas da nossa categoria. Continuamos considerando reajuste zero em 2024 muito ruim, mas nós temos responsabilidade para com a sociedade, em especial com os alunos. No final das contas, a decisão está nas mãos dos professores", declarou a professora Teresa Lopes, presidenta da Adufepe.
Mesmo com zero de reajuste este ano, o governo anunciou que a categoria terá 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido plenamente atendida, outras demandas da categoria foram atendidas. Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes.
Outra conquista da greve foi a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, prejudicando as atividades de pesquisa e extensão.
Mais ganhos contabilizados são os reajustes em benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e creches e as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas, além do anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões para expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia.
No Estado, os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) decidiram encerrar a paralisação e voltam às atividades em 1º de julho.