Chutar na prova do Enem: entenda por que não vale a pena

Professor explica que o sistema de correção da prova detecta incoerências no padrão de respostas, por isso, o famoso "chute" não é uma boa estratégia

Publicado em 07/10/2024 às 22:55

A aproximação da prova do Enem 2024, que será realizada nos dias 3 e 10 de novembro, traz expectativas para cerca de 5 milhões de candidatos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, responsável pela formulação da prova.

Diante do desafio de responder a um grande número de questões em um tempo limitado, muitos estudantes enfrentam uma dúvida comum: vale a pena chutar nas questões que não sabem ou não terão tempo de responder? 

O Enem adota a Teoria de Resposta ao Item (TRI), uma metodologia que atribui pesos distintos para cada questão, levando em consideração não apenas o acerto ou erro, mas também a coerência do desempenho.

A importância de entender a correção do Enem

No Enem, a TRI avalia o padrão de respostas do aluno. Se o estudante acerta questões fáceis e de nível médio, mas erra as mais difíceis, sua nota tende a refletir coerência com o desempenho.

Por outro lado, quando acerta uma questão difícil e erra várias fáceis, o sistema pode interpretar o acerto como fruto do acaso, diminuindo o peso dessa questão na nota final.

“Por isso, chutar pode não ser uma boa estratégia, especialmente quando se trata de questões de nível elevado”, alerta Michel Arthaud, professor de química e diretor da Plataforma Professor Ferretto

Ele sugere que, em vez de apostar no chute, os candidatos busquem eliminar as alternativas menos prováveis, o que aumenta as chances de acerto nas respostas em que estão com dúvida.

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Estratégia para lidar com questões difíceis

Para muitas questões, especialmente as mais desafiadoras, o professor indica a técnica de eliminação de alternativas.

Mesmo sem ter total confiança na resposta, é possível usar esse método para aumentar as chances de acerto e manter a coerência no padrão de respostas, algo essencial para o sistema da TRI.

“Primeiro, o candidato deve ler atentamente o enunciado para identificar pistas que ajudem a eliminar as alternativas mais improváveis. Em seguida, é importante focar na comparação das opções restantes e escolher a mais coerente com os conhecimentos que já possui”, explica Michel.

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