Pé-de-Meia Licenciatura: Bolsa para estudantes exigirá nota mínima de 650 no Enem 2024

O MEC também vai lançar um programa de incentivo financeiro para que professores atuem em áreas carentes de profissionais, no modelo do "Mais Médicos"

Publicado em 25/11/2024 às 15:15 | Atualizado em 25/11/2024 às 15:17
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O ministro da Educação, Camilo Santana, compartilhou novos detalhes sobre o funcionamento do programa "Pé-de-Meia Licenciatura". Para ser elegível ao benefício, os candidatos devem atingir, no mínimo, 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Embora ainda não tenha sido definido o número exato de bolsas ou o valor específico, o ministro revelou que as bolsas terão valor superior a R$ 500 e começarão a ser pagas a partir de 2025. O benefício será disponibilizado no formato de poupança, similar ao modelo já utilizado no programa de incentivo financeiro-educacional para estudantes do ensino médio público.

Além disso, o programa "Pé-de-Meia Licenciaturas" não será restrito a alunos de baixa renda, o que, segundo o Ministério da Educação, poderá ampliar o acesso ao ensino superior. O objetivo é atrair jovens talentosos para a carreira docente, oferecendo apoio financeiro desde o início da formação universitária, com base nos resultados do Enem 2024, que serão divulgados em 13 de janeiro de 2025.

"Precisamos criar uma cultura de valorização do professor, pois muitos não desejam seguir essa carreira. O objetivo é garantir que o estudante saiba, desde sua inscrição, que ingressará na universidade com uma bolsa paga pelo governo", afirmou Camilo Santana em suas redes sociais.

Pacote de valorização dos docentes

Além do "Pé-de-Meia Licenciatura", o MEC anunciou outras duas medidas para valorizar a profissão docente: um programa de incentivo financeiro para que professores atuem em áreas carentes de profissionais, inspirado no modelo do "Mais Médicos", e a criação de um concurso unificado para professores, baseado na nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que passará por reformulações.

Essas ações fazem parte de um pacote maior de políticas públicas que buscam atrair e reter bons profissionais na educação, além de garantir uma distribuição mais equitativa de professores pelo país. O Ministério da Educação reforçou que todos os detalhes das iniciativas serão apresentados até o final deste ano.

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