Professores fazem protesto para denunciar problemas estruturais em escola no Recife
A escola, única opção educacional da comunidade, atende cerca de 600 estudantes, prejudicados pela falta d'água e problemas estruturais graves

A Escola Dona Maria Teresa Corrêa, localizada no Alto José do Pinho, em Recife, foi palco de um protesto realizado na sexta-feira (21) para denunciar os sérios problemas estruturais enfrentados pela unidade de ensino.
Única opção educacional da comunidade, a escola atende cerca de 600 estudantes, que, segundo relatos, estão sendo prejudicados pela falta d'água, um dos maiores desafios da instituição.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), responsável pelo ato, destacou que os problemas estruturais incluem salas de aula excessivamente quentes, quadra sem cobertura, fiação exposta, banheiros em condições insalubres, bebedouro inadequado e uma cozinha sem ventilação.
Além disso, a entrada da garagem está tomada por lixo, o que representa um risco à saúde de todos que frequentam a escola. O sindicato afirmou que, apesar de a gestão escolar ter enviado diversos ofícios solicitando reparos, as melhorias ainda não foram implementadas.
“O Governo de Pernambuco recebeu entre 2022 e 2024 mais de R$ 2 bilhões de reais do Precatório do Fundef, que são os 40% destinados a ações de manutenção e desenvolvimento do Ensino, conforme a Emenda Constitucional 114/2021 e a Lei Federal 14.325/2022. Essas verbas são obrigatoriamente e exclusivamente para gastos na educação. Portanto, não é possível que em Pernambuco a gente ainda tenha escolas onde o calor extremo praticamente impede o ensino e a aprendizagem ou escolas com o teto caindo”, afirmou a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano.
Resposta
A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE-PE), por meio da Gerência Regional de Educação (GRE) Recife Norte, informou ao Sintepe que as obras de reparo começam na próxima segunda-feira (26).
"O Sintepe seguirá acompanhando e cobrando que os prazos sejam cumpridos e que a escola receba as condições dignas que estudantes e profissionais tanto merecem", afirmou a entidade.