Desinformada do real impacto do que foi anunciado, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco comemorou nesta terça-feira (28) o anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff da concessão da licença ambiental para o início do processo de execução do Trecho Sul do Arco Metropolitano, entre São Lourenço da Mata e Goiana.
A notícia foi dada pela presidente durante a inauguração da fábrica da Jeep, no município de Goiana, Zona da Mata Norte do Estado e os deputados não perceberam que a presidente inventou uma solução que desagrada a todo mundo dividindo o projeto como, parte obra pública (no trecho mais rentável), e concessão padagiada (no trecho mais frágil), que ainda não tem traçado, projeto e que precisar passa por dentro de uma reserva ambiental. Na pratica, a concessão de apenas um trecho da obra não faz dela sustentável economicamente.
Mas presente ao evento, o líder da bancada, deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB), disse que o Arco Metropolitano é um tema que une todos os pernambucanos, pois impulsionará ainda mais o desenvolvimento econômico do Estado, em especial o novo polo automotivo, que tem como principal âncora a fábrica da Jeep.
Silvio Costa Filho diz que é importante reconhecer ainda o papel desempenhado pelo ex-governador Eduardo Campos, pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma na concretização deste projeto.
Não é bem assim. Na prática, o que Dilma ofereceu à iniciativa privada o osso do negócio pois, conforme os estudos, o trecho que pagaria uma concessão é, exatamente, o que deixou como obra pública cuja rentabilidade numa PPP pagaria o trecho que tem menor potencial de tráfego objeto de um acirrado debate entre ecologistas.