Luciana Santos defende gastos público para retomar consumo, em linha com Paulo Guedes que mira uso do FGTS

Vice governadora defende volta de gastos públicos para retomar a economia o que levaria a aumento da dívida pública
Publicado em 09/03/2020 às 17:06


Por Fernando Castilho da JC Negócios

Presidenta (ela se apresenta no feminino mesmo) nacional do PCdoB, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, distribuiu um elaborado texto econômico em sua conta pessoal no Twitter onde defende a “suspensão do Teto de Gastos que limita o investimento público”, a adoção de “programas concretos de geração de emprego retomando os investimento do Estado” para “retomar a economia” concluindo com a defesa de uma “reforma tributária progressiva, que possa resolver a distorção de tributos no país, taxados pelo consumo e não pela renda”.

O texto é uma boa surpresa sobre sua visão da economia de vice-governadora, embora repita a defesa do modelo de intervenção do Estado a partir de endividamento do setor público. Dado que o governo não conseguindo gerar superávits, amplia o endividamento no setor público como o que foi perpetrado nos governos do PT que o seu partido apoiou e que nos trouxeram a dívida pública que temos hoje de R$ 5 trilhões.

Mas é, essencialmente, a uma visão de governo de um partido que ancora o crescimento na presença forte do Estado. Ainda que ele se financie do sistema bancário, como aconteceu no passado recente como no caso do BNDES para onde foram transferido R$ 500 bilhões captados a taxas de 12% ao ano. 

Curiosamente, a visão de economia de Santos tem um enorme alinhamento com o que Paulo Guedes defende para retomar o consumo como foi revelado, esta semana, quando se soube que o ministro defende uma ampliação dos saques aniversário do FGTS que, segundo a equipe do ministro, poderia injetar R$ 100 bilhões na economia.

Dito de outra forma. O PCdoB de Luciana Santos defende o endividamento do Estado para reanimar a Economia. O ministro Paulo Guedes também defende a adoção de medidas para reanimar a economia, mas gastando a poupança do trabalhador depositada no FGTS.

Ainda bem que apenas 2,25 milhões dos 42 milhões  trabalhadores com carteira assinada aderiram ao saque aniversário. Ainda bem que no Congresso haja uma forte resistência a suspensão do Teto de Gastos e que as propostas de reforma tributária caminham na direção de contenção dos gastos públicos.

De qualquer forma é muito bom ter a vice-governadora presente no debate das questões econômicas. Ainda que sua visão apenas corrobore a perspectiva de uma politica que nos trouxe a 2015 e 2016 quando a economia brasileira caiu encolheu 3,5% e 3,3% respectivamente, ou alguma coisa próxima de US$ 500 bilhões gerando 12 milhões de desempregados.

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