O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na sua última live das quintas-feiras que espera que o preço da gasolina "continue baixando e que o dólar caia abaixo de R$ 5" em breve. O candidato à reeleição afirmou que só há "notícias boas" da economia brasileira. Bolsonaro disse: "Muita gente falava que tinha que acabar com política de Paridade de Preços Internacionais e fazer uma série de coisas para reduzir o preço dos combustíveis, mas não fiz isso".
O presidente exagera quando diz que não pressionou para a Petrobras mudar sua política de preços. Pressionou e muito. Ele até mudou presidentes da companhia para que não subissem os preços. Em maio, por exemplo, numa outra live, disse que poderia recorrer à Justiça para baixar o valor dos combustíveis no Brasil. Mas desta vez ele tem razões de mercado para acreditar que os preços vão continuar baixando.
Primeiro, porque o impacto da redução do ICMS limitado ao máximo de 17% interfere diretamente. Depois, porque o preço do barril não para de cair. Nesta sexta-feira, nas cotações da OPEP, o barril chegou a US$ 97,86. Há dois meses (17 de junho) o mesmo barril estava cotado a US$ 120,73. Então, se é verdade que a Petrobras aplica a PPI, não existe qualquer razão para não baixar os preços no mercado interno. Na verdade, a estatal deveria baixar mais, pois ela não repassou integralmente a queda de 18,94% nos preços internacionais.
Então, não tem milagres, intuição ou premonição mediúnica. Mantida essa tendência, a Petrobras terá mesmo que baixar os preços na ponta. E, naturalmente, o presidente vai tentar se apropriar dessa conjuntura. Quem perdeu foram os Estados que ficaram sem, ao menos, 10% do que cobravam de ICMS nos combustíveis. Para eles deu ruim.
ANP monitora importação de diesel
A propósito. Desde a última segunda-feira, os produtores e distribuidores de combustíveis que importarem óleo diesel S10, deverão informar à ANP o volume com a data prevista de chegada no porto de destino no Brasil, além das restrições na contratação das cargas do produto ou percepção de risco para as importações.
Liberdade Club Life em Jardim São Paulo
A Exata Engenharia lançou ontem o Liberdade Club Life, focado na classe C+, que será construído em Jardim São Paulo, com 192 unidades de dois e três quartos e preço médio do imóvel é R$ 270 mil.
A pandemia na feira de condomínios no RioMar
A Feira de Condomínios do Nordeste (Fesíndico) completa 12 anos e a edição 2022 será nos dias 16 e 17 de setembro, no Shopping RioMar. Terá 100 estandes e expectativa de 60 mil visitantes. As palestras serão sobre a mudança dos costumes pós-pandemia no dia-a-dia da gestão condominial.
A indústria otimista até dezembro
O Índice de Confiança do Empresarial Industrial por setor da CNI subiu em 26 de 29 setores industriais, avaliados pela instituição na passagem de julho para agosto de 2022 e passou dos 61,4 pontos. Foram entrevistadas 2.251 empresas, sendo 883 de pequeno porte, 832 de médio porte e 536 de grande porte, entre 1º e 9 de agosto de 2022.
Crescimento de vendas nos shoppings
O setor de shopping centers registrou aumento de 38,2% nas vendas no segundo trimestre de 2022 (abril, maio e junho) comparado a 2021. O balanço, feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), com base em levantamentos do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce), aponta que de abril a junho deste ano, os brasileiros gastaram, em média, R$ 126,27 em produtos e serviços nos shoppings.
Os desafio de achar os donos dos imóveis do Centro
A Prefeitura do Recife anunciou um programa que permite aos contribuintes instalados no Centro da cidade ou inseridos no Plano do Recentro solicitar a isenção do IPTU até 31 de outubro. O desconto vai a 100% para projetos de construção e recuperação total e de 50% para reparo e manutenção dos imóveis na área. Valendo por cinco anos para uso não residencial, e oito para uso residencial. A iniciativa é boa, mas sozinha será insuficiente para estimular a ocupação dos imóveis. Se a prefeitura avançar numa pesquisa mais firme vai ver que o grande problema da região do Centro é a titularidade dos imóveis e a falta de recursos dos donos para restauração.
O general inverno esquentando os preços
O vento virou para o presidente na questão dos combustíveis, mas isso não quer dizer que não possa voltar a crescer. As consultorias internacionais advertem para dois problemas. O primeiro é o baixo estoque de diesel nos Estados Unidos, o menor em cinco anos. O segundo - igualmente sério - é a chegada do inverno no hemisfério Norte combinado com a menor oferta de gás da Rússia. Mas isso será a partir de novembro quando se espera uma volta ao aumento de preços.