Pernambuco insiste em estar na Transnordestina, diz secretário

Na conversa que teve, ontem, com jornalistas do Jornal do Commercio e da Rádio Jornal, no programa Super Manhã, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti revelou que, independentemente da articulação que lidera, com apóio da bancada do Estado no Congresso, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra pretende ter também conversas com à empresa Bemisa que, em 2021, assinou um acordo com o Estado para construir um ramal que faça a ferrovia chegar ao Porto de Suape.

Segundo ele, a busca de uma solução política para que o projeto da ferrovia Transnordestina contemple o conceito de uma solução logística para o Nordeste se dá para que a construção da ferrovia não se conclua apenas para uma solução focada nos objetivos do concessionário. 

Cavalcanti disse que a atual equipe do governo de Pernambuco foi surpreendida, não pela decisão da opção da Transnordestina S.A., em abandonar o trecho Salgueiro-Suape, mas pela articulação entre os estados do Piauí e Ceará, e do ministério da Integração Regional (já nova administração do Governo Lula) em propor como um acordo regional que só atende aos interesses da TLSA para um novo financiamento por bancos públicos quando a empresa não pode receber novas transferências da União por impedimento do Tribunal de Constas da União.

Ele disse que a articulação de Raquel Lyra é para que o conceito de uma ferrovia que atende à Região Nordeste, inclusive, com espalhamento para outros estados além de Pernambuco, Piauí e Ceará prevaleça. E que para isso, ela espera contar com apoio do presidente Lula e do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alkmin para que a ferrovia seja viabilizada em toda sua extensão.

O secretário esclareceu que Pernambuco não deseja invalidar o acordo que o Ceará junto com o Piauí fizeram na defesa de seus interesses. Mas vai defender que possa construir uma solução que contemple a chegada do trem à Suape. E para isso que seja cumprida a legislação que permite a passagem dos trens da Bemisa pela linha da TLSA, pagando tarifa de mercado e que a empresa possa se habilitar para indenizar a União que hoje é a dona dos ativos já construídos pela TLSA entre Salgueiro e Custódia. E sem ter esperar o cronograma que a TLSA definiu e que só começa em 18 meses.

Nós vamos usar nossa força política para ter o direito de passagem, disse o secretário. "A Bemisa é a dona da mina, deseja construir a ferrovia até Suape, inclusive que possa se habilitar aos recursos que a TLSA pleiteia. Então, não estamos contra o desejo do Ceará defenda seus interesses. O que não podemos aceitar é que Pernambuco seja punido", disse o secretário.

Cavalcanti lembrou que, como executivo do Grupo Atitude acompanhou, em 2021, toda discussão e articulação que se sucedeu em Pernambuco após a TLSA desistir do trecho Salgueiro-Suape e que permitiu a construção da solução com a Bemisa, inclusive, com a aprovação do então ministro Tarcísio Freitas.

Mas reconheceu que foi uma grande surpresa conhecer no ministério, o desenho feito pela ANTT e o DNIT que atendeu, essencialmente, aos interesses da TLSA. E mais ainda proposta do ministro da Integração Regional, de apoio de Pernmabuco para uma solução de viabilizar novos financiamentos para TLSA. E que ela esteja sento feita pelo governo Lula, razão pela qual a governadora trabalha numa solução alternativa para Pernambuco.

Agnaldo redivivo

Há exatamente dois anos, após a vitoria de Arthur Lira, para presidencia da Câmara Federal, o deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB) viu o novo presidente da casa descartar, sem qualquer cerimônia, o relatório que produzirá depois de costura-la por seis meses e ouvindo centenas de pessoas para um projeto de Reforma Tributária que na época parecia consenso na casa. O texto foi arquivado no dia seguinte à posse de Lira. Esta semana, o agora presidente reeleito da Câmara reabilitou Agnaldo Ribeiro como relator do projeto patrocinado pelo governo Lula para aprovação de um texto de reforma tributária no menor tempo possível.

Navios multiuso

A empresa brasileira de energia Raízen e a KCC Chartering AS, subsidiária da Klaveness Combination Carriers ASA assinaram um contrato de afretamento, por três anos, para o transporte de cargas líquidas e secas do portfólio da Raízen. O conceito é usar navios da frota da KCC para que possam combinar cargas, com mínimo de lastro e tempo de espera entre as viagens. Os navios da KCC podem ser navios-tanque padrão e graneleiros realizando as mesmas atividades comerciais. Coisa como importar derivados de petróleo e levar açúcar ou etanol, por exemplo, reduzindo 40% a pegada de carbono.

A tinta do Galo

O projeto "Galo Ancestral", alegoria que irá reinar absoluta na Ponte Duarte Coelho durante o Carnaval 2023. Construída pelo artista plástico Leopoldo Nóbrega exigiu quase 670 litros de tinta para ser colorido. A multinacional AkzoNobel é a dona da tradicional fábrica de tintas no bairro do Curado entrou no empreendimento em parceria com o Movimento Coral Tudo de Cor, projeto social que revitaliza e leva cor a espaços públicos, comunidades e intervenções artísticas em todo o Brasil.

Efeito Americana

A empresa Kantar, consultoria líder em dados e insights lançou um estudo a respeito de como o processo de recuperação judicial das Lojas Americana afeta marcas, categorias e varejistas brasileiros. Descobriu que nos últimos 12 meses, 20 milhões de lares brasileiros compraram nas Lojas Americanas. E os consumidores ligam a americana às categorias de indulgências (26%) nas compram snacks, biscoitos e chocolates em suas lojas físicas ou online e que a na Páscoa, a empresa tem 11% do volume vendido em chocolates no Brasil.

Cheiro e limpo

O setor de saneantes (Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional) registrou queda de 5,7% na produção industrial anual em 2022. O aumento médio do IPP no segmento chegou a 17% travando o crescimento das empresas. Além disso, o estudo apurou que a informalidade no setor e constatamos chegou a 22% dos produtos de limpeza de uso doméstico utilizados, no Brasil, com itens sem inscrição ou registro na ANVISA.

Brasil seguro

Um estudo da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) com dados da Susep, mostra que em 2022 foram pagos quase R$ 60 bilhões (R$ 57,9 bilhões) em prêmios diretos de seguros de pessoas. Metade disso (46%) se refere às modalidades de seguro de vida (individual e coletivo) depois vem o seguro prestamista (29%) e depois do seguro viagem, Também está crescendo os seguros Funeral e Doenças Graves e Terminais.

Mulheres em alta

A Neoenergia Pernambuco contratou 15 eletricistas mulheres formadas na Escola de Eletricistas da própria empresa. Agora já são 143 eletricistas do sexo feminino atuando pela empresa em todo o Estado. O projeto é para ir aumentando esse quantitativo até chegar à igualdade com o número de homens na função.