O Brasil é um país bem curioso. Sua maior empresa, gestora do pré-Sal, um dos mais rentáveis ativos de petróleo do mundo entregou ao Governo R$ 232 bilhões sob a forma de pagamentos de tributos próprios de sua atividade e participações governamentais. Ele deve entregar ainda outros R$ 78,9 bilhões como dividendos pela participação da União no seu capital. Mas o governo faz cara de nojo ao seu desempenho.
É importante ter presente que, apesar do asco do governo do PT, não há muita informação se a União, a partir de agora, vai destinar essa extraordinária rentabilidade, especificamente ao algum tipo de investimento social, direcionando o dinheiro para alguma forma de programa de visibilidade social.
Na verdade, o pagamento dos tributos pagos - rigorosamente em dia - e os dividendos que serão pagos, em breve, vão entrar na conta de União e desaparecer enquanto os lideres do PT desenvolvem uma narrativa sobre os valores pagos aos investidores. E esquecendo que o maior investidor é o próprio governo que recebe a maior fatia do bolo.
Tem mais. Foi no final do segundo governo Lula, em 2010, que a companhia fez sua maior capitalização vendendo parte das ações da União a novos acionistas. Ou seja, quem ampliou a participação de acionistas privados na Petrobras foi o governo Lula que agora reclama dos pagamentos de dividendos aos investidores através de seus líderes.
Então quer dizer que, em 2010, quando os investidores colocaram dinheiro na Petrobras eram bem vindos. Agora, quando recebem os dividendos, são capitalistas exploradores das riquezas do povo brasileiro?
O que os lideres do PT e, em especial o próprio presidente Lula, parecem não entender é que a Petrobras é a empresa que mais vem entregando ao Governo. E isso não é porque explora o povo brasileiro é porque também se tornou eficiente. Então, quando a estatal faz isso é um agente do mal contra o país? Mas quando uma empresa estrangeira obtém a mesma rentabilidade é porque se beneficia das regras do capitalismo? O discurso está errado.
E o risco é falar que a empresa agora precisa ser uma empresa de desenvolvimento quando a experiência do passado recente nos levou ao escândalo do Petrolão. No mínimo, é preciso ter cuidado de definir como a companhia pode ajudar. Por que, na sua área, ela vem atuando com padrão de classe mundial.
Uma das coisas que mais chamou a atenção é que o balanço da empresa é sua performance no pré-Sal. Em 2022, ela alcançou recorde anual na produção operada, com média de 3,64 MMboed isso é mais que a maioria dos países no mundo, inclusive os árabes.
Uma só uma plataforma do pré-sal, a FPSO Carioca, alcançou média de produção de óleo de 174 mil bpd em novembro. Naquele mês, um único poço, o ATP-6 atingiu a marca histórica de 56,5 mil bpd. O nome disso é produtividade.
Literalmente, o pré-Sal virou uma mina de dinheiro, mas não apenas para a empresa, mas para o próprio governo que recebe pela participação como representante da União, pela tributação e pelos royalties. Mas sempre se comporta como se isso fosse uma coisa abjeta.
O lucro da Petrobras decorreu da alta do petróleo. Isso é verdade. Mas o governo foi quem mais ganhou com isso. E quem mais pagou por isso foi o consumidor. Então, a questão que se coloca é: Certo e agora? o que o governo do presidente Lula vai fazer com essa montanha de dinheiro?
O presidente da empresa Jean Paul Prates diz que para a Petrobras, “PPI deixa de ser único parâmetro. Vamos passar por discussão. Toda a empresa faz isso. O PPI vai estar em vigor para o importador e para quem quiser importar”. Isso é bom, mas o desafio entregar um preço menor para o consumidor apostando na produtividade.
Ele também disse que “Devemos usar a nossa competitividade, nossas refinarias, nossa logística doméstica, o fato de ser a empresa líder no país, não monopolista, para buscar esse melhor preço”. Certo, mas isso não precisa ser feito acusando a empresa de só pensar nos lucros e nos dividendos porque no final os lucros e dividendos são pagãos em sua maior parte ao próprio Governo.
O equivoco está na visão de que a empresa paga muitos dividendos aos seus acionistas sem defender que esses resultados sejam direcionados para os objetivos do governo. O acionista privado sabe muito bem o que faz com seus lucros. Quem não sabe é o governo que o incorpora ao caixa sem ter prioridades.
O Governo pode fazer diferente se definir que a Petrobras precisa ser mais produtiva e entregar produtos mais baratos no mercado interno. Mas precisa saber o que fazer com o que ganha quando como investidor. Considerar nojento o lucro da Petrobras como o faz os lideres do PT é se comportar como aquele filho de rico que recebe uma gorda mesada, não trabalha gasta como quer e acusa o pai de capitalista explorador da classe trabalhadora.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) virou uma espécie agência de monitoramento dos atos do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG). Apoiadora incondicional do presidente da empresa Jean Paul Prates ela investigou e divulgou um perfil dos quatro membros indicados por Silveira: Pietro Adamo Sampaio Mendes; Carlos Eduardo Turchetto Santos; Vitor Eduardo de Almeida Saback; e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro cujo currículo passará por avaliação de comitê interno da Petrobrás. E repassou para os deputados do PT.
No mês de janeiro, a produção de petróelo foi de 4,175 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 3,274 milhões bbl/d e 143,215 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/d). A produção no pré-sal foi de 3,168 milhões de boe/d ou 75,9% da produção brasileira. Em 141 poços foram produzidos 2,489 milhões de bbl/d de petróleo e 107,8 milhões de m³/d de gás natural
A pernambucana, ACLF Empreendimentos entrou no ranking Intec Brasil das 100 maiores construtoras do país que classifica as empresas pelo total de área construída e entregue. A ACLF atingiu a marca de 119.198,87 metros quadrados em 1.476 imóveis entregues.
Recife vai sediar o 38º Encontro Nacional da Abrasel entre 29 e 30 de março com expectativa de público médio de dois mil visitantes, acontecerá no Museu Cais do Sertão aberto pelo presidente da Abrasel Nacional, Paulo Solmucci, ao lado de Tony Sousa da Abrasel Pernambuco.