CARRO POPULAR - Sob pressão do Congresso de Arthur Lira, Lula faz governo olhando para o passado.

O governo Lula vive um conflito geracional onde os atores do passado, de volta a postos estratégicos, se defrontam com uma nova geração de servidores de alto nível e com uma nova visão de mundo
Publicado em 27/05/2023 às 0:05
Lula na sede da Fiesp falando sobre reincentivar a industra brasileira. Foto: Ricardo Stuckert / PR


Não é apenas a visão saudosista de repetir o feito de Itamar Franco que, em 1994, virou garoto propaganda da Volkswagen (na época era Autolatina que juntava a Volks e a Ford) ao lançar a ideia para a empresa de um carro popular porque ele próprio tinha um fusca. O terceiro governo Lula tem, efetivamente, demonstrado um olhar para o passado num momento em que o mundo debate temas com Hidrogênio Verde, ChatGPT e onde a Inteligência Artificial já define quanto o banco pode nos emprestar.

Em cinco meses, todas a propostas de Lula são relacionados a temas revisitados que, naturalmente, significa o retorno dos programas social a partir da volta dos nomes. Minha Casa Minha Vida, Bolsa Familia, apenas para citar os mais conhecidos. 

Pode-se dizer que o presidente está devolvendo o que Jair Bolsonaro suprimiu da cena brasileira. Pode ser. Mas além de devolver nomes e tentar ações que fizeram sucesso há 30 anos como a proposta do carro popular, o que o novo governo Lula apresentou como proposta de fazer o novo?

Essa é uma questão perturbadora. Num momento que o mundo busca definições estratégicas para o futuro digital. E mais ainda quando o governo não sinaliza estar preocupado para uma estratégia de propor novas ações. Ou, ao menos, oferercer abordagem nova de velhos desafios.

Pode-se dizer que o governo Lula vive um conflito geracional onde os atores do passado, de volta a postos estratégicos, se defrontam com uma nova geração de servidores de alto nível e com uma nova visão de mundo e que estão tendo que se "adequar" ao ritimo de cabeças que fizeram sucesso no passado, mas que estavam fora do governo há mais de 10 anos.

Não é apenas um problema do presidente. A questão geracional num mundo em que a economia brasileira gira em torno de plataformas e de construção de comunidades próprias, o governo tem dificulades de entender esse novo mundo e daí gerar novas ideias.

E isso tem a ver com uma nova realidade do espaço de poder que o Congresso adquiriu. E com um protagonismo que vai muito além do número de deputados da base aliada do governo. Lula vai ter que enfrentar um Congresso que quer atuar e que ele precisa aprender a conviver. E que já está atuando nas votações com uma pauta própria.

Essa questão está posta na indústria onde o governo diz que está disposto a fazer no setor o que foi feito no setor rural com o Plano Safra. Ora, o Plano Safra é uma estratégia gerada na década de 90 pelo Banco do Brasil cujo conceito era de capital de giro para as culturas de ciclo e voltadas para a exportação que está muito diferente do que foi no começo. Começa e termina em 12 meses, no máximo.

O setor agrícola virou exportador porque viu mercado externo e porque sua produção física ficou tão grande ele não poderia acomodá-la no mercado interno. E isso o tornou eficiente internacionalmente a ponto de em menos de uam decada virar um player nos mercados globais de milho e algodão.

O setor industrial não roda com esse espaço de tempo. E mesmo com acesso livre ao governo (seja ela qual for) teve e tem problemas de reposicionamento. Em primeiro lugar porque o mercado interno sempre lhe assegurou uma margem de atuação de modo que exportar era uma opção, não um necessidade.

E porque quando a China se tornou um player global, o Brasil não definiu onde poderia ser competitivo preferindo substituir seus produtos pelos importados. Por isso quando de novo o governo Lula volta a falar em reincentivar a indústria a pergunta incial é: que indústria? Certamente não pode ser a de carro popular.

É um cenário preocupante. Depois da posse o governo não consegue dizer que pensa ou oferecer um Norte para a economia que aponta para o futuro. O discurso de incentivos à inovação, economia circular, geração de energia limpa e agricultura sustentável na boca de alguns ministros não casa com a realidade. O que nos apresenta um quadro de que propoe um visão de país olhando pelo retrovisor. Bom. Ainda temos 1.314 dias para desenhar o futuro.

Parque Aeroclube

Depois do novo Compaz e da creche no terreno do antigo Aeroclube de Pernambuco, o prefeito do Recife João Campos assinou a ordem de serviço para a construção do parque previsto para a área. Ele terá 12 hectares e será equipado com duas pistas de cooper, circuito de bicicleta, campo de areia, quadra, parcão, econúcleo, academia inclusiva e pistas de skate, bicicross, patins e patinete. Um anfiteatro também será construído no local, além de um memorial em alusão ao Aeroclube, com a preservação da pista de pouso.

Energia solar

Depois de implantar dois projetos de grande porte (uma usina de 964kWp para a Prefeitura de Cachoeirinha (PE), e outra em Panelas (PE), de 454KWp, a primeira feita em placas de concreto armado no Estado. E Enove Energia, uma empresa do Grupo Intelbras vai construir sua terceira planta no estado desta vez no município de Toritama (PE) que terá duas novas usinas solares de 1,3 MWp, para atender à rede de ensino e prédios públicos da cidade. Serão utilizados 2.343 módulos de 555 watts e oito inversores de 125 kW. A Enove Energia Solar trabalhou na instalação de mais de 2,8 milhões de painéis que somam potência estimada de 1,1 GW.

Mondelíderes

A gigante Mondelz Brasil, dona de marcas icônicas como Oreo, Bis, Lacta, e Club Social, está lançando seu primeiro programa de liderança, o Mondelíderes que destina 100% das vagas para pessoas pretas ou pardas cujos aprovados atuarão em modelo de rodízio em diversos setores da companhia enas plantas de São Paulo (SP), Curitiba (PR) ou Vitória de Santo Antão (PE).

Condomínio 

A empresa pernambucana Techmetria inaugura unidade no Empresarial Novo Mundo, no Reserva do Paiva para atender síndicos daquela região com um local que seja também um espaço coworking para empresas da área condominial. A empresa está presente em cinco Estados do país ela está lançandol o serviço de monitoramento em tempo real de reservatórios para hospitais, faculdades, indústrias, condomínios, alertando para o nível baixo da água e também sobre transbordamentos.

Moradia do futuro

Nesta segunda-feira (29), a Construtora Baptista Leal anuncia no Teatro RioMar, àa 17h, o lançamento da parceria com o psiquiatra Augusto Cury para ter no Recife o programa Mentes Saudáveis, Lares Felizes. Com isso os empreendimentos da empresa passam a introduzir o programa e seus conceitos para a moradia do futuro.

TAGS
Aeroclube Compaz governo Lula
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory