A melhoria da economia com a ampliação dos empregos que segundo o Cagef formais subiu de 41,5 para 43,3 milhões, respectivamente, um saldo de 1,7 milhão (crescimento e 4,3%) fez com que as empresas ampliassem as aquisições aquisições de planos de saúde médico-hospitalares cujo índice cresceu puxada, especialmente, por planos de tipo coletivo empresarial.
Segundo dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) do mês de maio, ao menos 50,7 milhões de trabalhadoras estavam beneficiadas por planos de saúde privados. O número é o maior desde quando começaram a ser mensuradas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2000. Antes disso, a maior marca havia sido registrada em dezembro de 2014 (50,5 milhões).
Houve a houve um crescimento de 2,4% no número de contratos, quando comparado com maio de 2022, totalizando 1,2 milhão de novos vínculos no período. Os contratos de medicina de grupo abrigam 20.203.034 trabalhadores. A Unimed (cooperativas médicas) têm 18.768.173 de vidas. O plano coletivo empresarial atende 35.535.930 de pessoas.
As informações estão na Nota de Acompanhamento de Beneficiários do IESS houve crescimento de 2,4% no número de contratos, quando comparado com maio de 2022, totalizando 1,2 milhão de novos vínculos no período.
De acordo com o estudo, a alta em adesões foi puxada, especialmente, por planos de tipo coletivo empresarial. Em um ano, houve acréscimo de 1,4 milhão de contratos na modalidade (alta de 4%) – eram 32,1 milhões em maio de 2022, e saltou para 35,5 milhões, no mesmo mês deste ano.
Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a marca histórica de novas adesões se justifica por conta do peso dos planos coletivos empresariais, que estão diretamente interligados à oferta de empregos gerados no País.
“Esse tipo de plano tem grande importância, pois representa 70% do total geral de beneficiários, uma tendência que tem sido constante nos últimos meses. Além de manter o segmento aquecido, temos mais pessoas contando com o benefício”, afirma.
Planos para idosos
O crescimento dos Planos de Saúde não é um fato isolado. As aquisições de planos médico-hospitalares direcionadas a idosos com mais de 60 anos seguem em crescimento contínuo no País.
Entre dezembro de 2013 e o mesmo mês de 2022, o número de contratos desse grupo etário passou de 5,7 para 7,2 milhões, alta de 26,6%, registro recorde segundo informações de estudo “Evolução do Número de Idosos em Planos de Saúde no Brasil nos últimos 10 anos” também feito pelo IESS.
A análise revela que o grupo de pessoas com 80 anos ou mais foi o que mais cresceu no período (33,5%) – eram 955,5 mil, em 2013, e saltou para 1,3 milhão, em 2022. Na sequência, aparece a faixa entre 70 e 79 anos, que passou de 1,7 milhão para 2,2 milhões (31,3%).
A maior prevalência (59%) é do sexo feminino, correspondente a 4,3 milhões de vínculos. Além disso, a maior concentração de beneficiários idosos está em São Paulo (37,1%) com 2,7 milhões de contratos, seguido por Minas Gerais (14,7%) com 1,1 milhão e Rio de Janeiro (11,2%) com 806,3 mil.
Para José Cechin, o aumento é representativo, sobretudo no grupo etário com 80 anos ou mais, levando-se em conta que no mesmo período, o número total de beneficiários com planos de saúde subiu apenas 1,9%.
Saúde dentária
Outro segmento que também está contratando mais planos de saúde é o odontológico. Segundo o panorama da odontologia suplementar no Brasil (2019 a 2022) entre 2021 e 2022, o número de procedimentos realizados em clínicas e consultórios atingiu a marca de 184,5 milhões, crescimento de 6,8%.
De acordo com a análise, apesar do crescimento de um ano para o outro, o número de procedimentos em 2022 foi 0,6% menor quando comparado com 2019, no período de pré-pandemia.
Naquele ano, haviam sido realizados 185,6 milhões procedimentos odontológicos no País. No ano seguinte, com cenário da Covid-19, o volume foi reduzido para 154,3 milhões. Na sequência, subiu para 172,7 milhões, em 2021, e chegou ao patamar de 184,5 milhões no ano seguinte.
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas.
O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.