Defesa das compras parceladas no cartão de crédito esconde luta pelo rotativo com juros de 400% ao ano

o Banco Central não fiscalizava cartão de crédito. Isso aconteceu depois que os bancos começaram a permitir que o cliente pagasse apenas 10%
Fernando Castilho
Publicado em 15/08/2023 às 0:05
Crédito rotativo esconde uma briga de taxas acima de 400% que remunera as financeiras. Foto: DIVULGAÇÃO


Por trás da defesa da compras parceladas, também conhecidas como Parcelado sem Juros (PSJ) por parte das financeiras que atuam junto aos pequenos lojistas e consumidores existe uma forte movimentação no sentido de manter o chamado crédito rotativo do cartão de crédito que é o direito de cobrar taxas de até 400% ao ano do freguês estropiado que não paga toda fatura no vencimento.

Não se deve achar que estamos numa luta de pessoas que defendem o varejo. Esse é um embate entre bancos, financeiras e cooperativas de crédito e os mega bancos. O discurso do fim do parcelamento apenas embute uma parte da briga. Porque mesmo com o parcelamento se o cliente não paga a fatura integral isso vira um negócio financeiro do banco e o cliente. O lojista não ganha nada com a taxa de juros que o banco cobra porque o contrato assegura o recebimento da compra fiado.

Sem fisclaização

Para quem não lembra até 2005 o Banco Central não fiscalizava cartão de crédito. Isso aconteceu depois que os bancos começaram a permitir que o cliente pagasse apenas 10% da fatura o que permitiu cobrar as taxas mais altas do mercado.

Foi isso que fez as empresas de varejo estruturarem suas financeiras, não apenas para vender mais, mas para elas próprias poderem permitir o rotativo e, a seguir, emprestar dinheiro. Virar concorrente dos bancos.Então, é importante não achar que tudo se resume a permitir o parcelamento sem juros.

Cheque pré-datado

Quem inventou o parcelamento foi o varejo na década de 80 quando aceitou o cheque pré-datado. Os bancos transformaram isso num recebível adiantando os valores com deságio. Só depois que as administradoras de cartões incorporaram a ideia é substituir o cheque pré-datado pelo parcelamento. O rotativo veio na esteira até que o Banco Central entrou na fiscalização, ao menos para disciplinar a operação, embora não controlasse as taxas.

O que ninguém fala nesse debate é que uma taxa de 400% banca a inadimplência que depois pode virar perda total abatido no balanço. E nessa briga só quem perde é o varejo que encolhe a margem.

Divulgação - Compesa na rota de privatização ou de concessão pelo Governo Raquel Lyra.

Segue o líder

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Isaias Régis reagiu com deboche ao debate proposto pelo líder da oposição João Paulo Lima e Silva sobre a Compesa: "Me surpreende falar aqui sobre privatização. Não chegou nenhum projeto na Casa, não ouvi falar e a governadora não comunicou a nenhum de nós que a empresa seria privatizada". De fato, não foi enviado nenhum projeto à casa, embora o BNDES esteja estudando o assunto contratado pelo governo. Recomenda-se ao líder uma visita ao secretário de Projetos Estratégicos, Diogo Bezerra. Ele dá expediente no Centro de Convenções, na Avenida Governador Agamenon Magalhães, 200, em Olinda.

ABNT e Nós Por Elas

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e o Instituto Nós Por Elas anunciaran a proposta de adoção de norma internacional, no âmbito da Organização Internacional de Normalização – ISO para a adoção de boas práticas no combate à violência contra as mulheres. Ao todo serão quatro níveis (Platina, Ouro, Prata ou Bronze) de Certificação, conforme a pontuação obtida nas médias globais dos indicadores.

Atuação séria

O procedimento de certificação da ABNT estabelece um processo para concessão e manutenção da certificação para empresas, organizações e instituições. Para obter o Certificado, a organização, pública ou privada, independente do seu porte, precisará ser submetida a auditoria no Sistema de Gestão das Boas Práticas estabelecida pela ABNT, que avalia 14 diferentes indicadores.

Programa Cais

O Programa Cais, feito pela Prefeitura do Recife e Rede Muda Mundo, na Casa Zero, que vai recrutar 75 projetos de empreendedorismo social para participar da rota de mentoria em gestão e finanças. As inscrições gratuitas e os projetos serão selecionados por comissão avaliadora, antes de serem incubados pelo INSS do Porto Social, que potencializa e acelera projetos de impacto social.

Amazonas 246

A Vale do Ave está lançando mais um empreendimento na área mais nobre de Boa Viagem, a 150 metros da praia. O Edifício Amazonas 246, com projeto de Marco Antônio Borsoi e paisagismo de Luiz Vieira ocupa área valorizada com acessos pela Conselheiro Aguiar e Rua Amazonas com 23 andares e unidades com 131 e 262 metros de área útil e VG tem R$100 milhões.

Divulgação - Brasil é vice lider no mercado global em lançamento de produtos

Brasil cheiroso

O Brasil se tornou o 4º maior mercado consumidor de produtos de higiene e cuidados pessoais, somente atrás de Estados Unidos, China e Japão. E também é o 2º no ranking global de países que mais lançam produtos anualmente, atrás dos EUA. E virou exportador com uma corrente de comércio internacional do setor, assim como, da balança comercial setorial de US$ 860 milhões.

Imigrantes

A JBS informou que ultrapassou a marca de 6,8 mil imigrantes atuando em seus escritórios e unidades produtivas no Brasil. Com isso, a Companhia passou a contar com 4% de sua força de trabalho formada por pessoas de outras nacionalidades. A JBS é hoje uma das maiores empregadoras do país com mais de 145 mil colaboradores espalhados em 130 municípios em que a empresa está presente.

 

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