A combinação da retirada do mercado de parte de sua produção da Rússia com o aumento dos preços do petróleo liderados pela Arábia Saudita entrou no radar de preocupações do governo Lula. Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o Brasil e o mundo vão enfrentar "tempestade perfeita"
O que o presidente da estatal chama de “tempestade perfeita” é, na prática, a necessidade urgente da empresa ter que reajustar mesmo os preços do diesel e da gasolina e parar as perdas na sua rentabilidade. Ou até de enfrentar ameaças de investidores minoritários com a redução da rentabilidade que certamente a Petrobras vai apresentar no balanço do terceiro trimestre.
Mas os problemas de Jean Paul Prates começaram logo depois que anunciou o fim da PPI em junho, quando o governo Lula anunciou a mudança. Na verdade, começaram em julho quando os preços iniciaram uma subida que saiu dos confortáveis US$75,19 o barril em 30 de junho último para cravar a US$94,99 em 30 de setembro.
O que o governo Lula não contava era com a decisão de Vladimir Putin de barrar todas as exportações de gasolina e diesel depois que as petrolíferas russas passaram a exportar tudo que os clientes pedissem ao ponto de em setembro começar a faltar combustíveis nos portos da Rússia depois que todo mundo começou a exportar.
O presidente russo não só mandou parar as vendas como mandou voltar os petroleiros carregados para atender ao mercado interno. Isso pegou países como o Brasil que desde agosto transformou a Rússia no seu maior fornecedor de gasolina e diesel perdendo apenas para a Turquia.
E, de fato, para o Brasil a oferta dos russos era uma mão na roda. Tinham estoque, entregavam no prazo e ainda davam descontos. Na prática, essa importação ajudou a Petrobras a suportar os preços internacionais sem fazer reajuste. Então, agora quando os russos pararam de entregar ficou difícil. O que abre o seguinte cenário: Como o Brasil vai sair dessa "tempestade perfeita”?
Cartão parcelado
A briga pela manutenção das suas vendas parceladas sem juros no cartão de crédito já tem números mais consistentes. Pesquisa da CNC com seis mil empresas de todos os segmentos e portes do varejo nas 26 capitais e no Distrito Federal revelou que para 29,3% dos varejistas, as vendas no parcelado sem juros representam entre 50% e 80% do faturamento, o que chega a R$ 929 bilhões por ano. O universo impactado representa 1 milhão de estabelecimentos que representam 47,1% do setor que tem até metade das vendas faturadas dessa forma, quase R$1,5 trilhão.
Medicamentos
A Pesquisa IPC Maps revelou que o setor de saúde deve movimentar no País até o final deste ano R$414,6 bilhões, num acréscimo de 7,4% em comparação a 2022. Os cálculos levaram em conta as despesas com medicamentos e itens para curativos, bem como com bens e serviços relativos aos planos de saúde e tratamentos médicos e dentários. Os brasileiros devem desembolsar cerca de R$217,6 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e R$197 bilhões com medicamentos em 2023.
Cimed na beleza
A Cimed, terceira maior farmacêutica do país em volume de vendas do Brasil está investindo R$ 50 milhões em parcerias na Coréia do Sul, país reconhecido mundialmente no mercado da beleza, para desenvolver e fabricar um portfólio completo de preenchedores injetáveis à base de ácido hialurônico e, nos próximos anos, também contemplará bioestimuladores de colágeno, fios de PDO e toxina botulínica. Entrará no mercado de estética, com o lançamento da marca Millimeter Pro.
Sadia e Perdigão
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão anunciou que seu portfólio de itens comemorativos de Natal terá 31 produtos para as festas de fim de ano. A empresa monta a maior operação de kits de congelados de Natal do mundo com vendas dos Peru Sadia e Chester Perdigão. A BRF tem 58% de market share desse segmento com 63% em aves, 74% em peru, 45% em e 23% em suínos.
Produção de petróleo
Em agosto, a produção total (petróleo + gás natural) foi de 4, 392 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). A produção no pré-sal foi de 3,282 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) e correspondeu a 74,7% da produção brasileira. Os dados são do o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural.
Doação da Suíça
Nesta quarta-feira (4) no Espaço Oscar Niemeyer, o BNDES recebeu duas novas doações para o Fundo Amazônia no valor total equivalente a R$45 milhões. As contribuições foram feitas pela Suíça e Estados Unidos. A entrega da contribuição será na abertura da exposição “O Legado suíço-brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade”
Reciclar celular
A TIM fechou uma parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos para a colocação de coletores para receber aparelhos celulares em desuso e seus acessórios (fones de ouvido, cabos de dados, carregadores, etc), chips, embalagens de telefone de material plástico e papelão, além de baterias usadas e outros equipamentos portáteis. A entrega pode ser feita nas a operadora conta com urnas de coleta espalhadas em mais de 170 pontos da operadora.
Gerino Xavier
Nesta quarta-feira (4), o pernambucano Gerino Xavier, presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática, vai representar as empresas do setor de TI na Audiência Pública sobre a reforma Tributária no Senado Federal, em Brasília, amanhã, quarta-feira (4). A Fenainfo que representa 121 mil empresas de tecnologia em todo o Brasil, teme que as mudanças na lei afetem as empresas de TI saindo da tributação de 8,65% para até mais de 25%.
Planejamento
Pernambuco sedia de hoje (4) até sexta-feira (6), o LXXXVII Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Planejamento que acontecerá no Marante Executive Hotel, em Boa Viagem com 150 participantes, entre secretários de Planejamento de todo o Brasil e especialistas em políticas públicas, governança orçamentária e inovação. A realização é da Seplag-PE e Conselho Nacional de Secretários de Estado de Planejamento (Conseplan)