O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (15), estima que o IPCA de 2024 deva fechar em 3,87%, portanto, bem próximo do centro da meta que o Banco Central estima para o exercício, consolidando um período de três anos em que a taxa de inflação fica dentro das previsões oficiais.
Se seguir a tradição, o Brasil vai ter um ano extraordinário. Porque o Focus tem uma tradição de errar nas previsões de um ano para a economia brasileira. Em janeiro de 2023, por exemplo, o Focus - que junta às opiniões de economistas chefes de departamentos de economia de aproximadamente 100 bancos – previu que a inflação seria de 5,39% portanto bem distante do que aconteceu quando o IBGE divulgou que a inflação medida pelo IPCA que foi de 4,62% no período.
Menos inflação
Isso nos permite esperar que, se tudo correr como estima o Focus, poderemos ter até mesmo uma taxa de inflação muito próxima ao centro da meta de 3,5% no ano. Tomara. Inflação sob controle é certamente a maior conquista do Brasil depois de 30 anos do Real que serão completados em junho deste ano.
O boletim Focus também costuma errar quando se trata de estimar a taxa de crescimento do ano em curso feita no mês de janeiro. Em 2023, o Boletim previu que a taxa de crescimento seria de 0,77% e, como se viu, deveremos gravar uma taxa de crescimento de ao menos 3,2% o que será motivo de comemoração não só do governo Lula, mas de toda a sociedade brasileira.
Conservadores
Analistas de economia nem sempre acertam em taxas de crescimento para um ou dois anos. Porque trabalham, essencialmente, com números e tendências que, ao longo do ano, podem mudar pela própria dinâmica da economia e performance do governo. Faz parte, mas funcionam como uma base conservadora de expectativas.
Foi o que aconteceu em 2023 quando o mercado foi tomado por uma onda de pessimismo quanto ao desempenho do governo Lula, especialmente provocada pelo próprio presidente que entendeu de abrir uma briga como o presidente do Banco Central criando a idéia de se a economia não crescesse a culpa seria de Roberto Campos Neto que - segundo Lula - insistia em manter uma taxa Selic de 13,75% travando o crescimento da economia.
Briga de Lula
Não era verdade e nem foi isso que aconteceu. E como se viu a economia foi surpreendendo e fazendo os analistas do Focus irem ajustando suas previsões com a explicação de que foram surpreendidos pelo fator Fernando Haddad que passou a ser visto pelo mercado como a âncora econômica do Governo Lula III.
O que os analistas de mercado não dizem é que, ao longo do ano, as empresas tiveram que “se virar” sem crédito dos bancos e repensar seu negócio. Todos os balanços dos grandes bancos privados mostraram, já no terceiro trimestre, o “aperto” que eles deram nos clientes. O ano de 2023 deve ficar na história como o ano em que os bancos mais fizeram renegociação de dívidas de seus bons clientes.
BNB e BNDES
O que de certa forma explica o porquê de os bancos oficiais terem alcançado o maior volume em operações. O BNDES superou os números de 2014, com um montante de R$26 bilhões. O Banco do Nordeste superou a marca de R$38 bilhões negociados via FNE ainda em novembro, antecipando em um mês a meta de aplicação no ano.
Na verdade, o que aconteceu ano passado foi que as empresas foram cuidar de suas vidas e aproveitar as oportunidades que foram surgindo enquanto o governo batia cabeça no Congresso. Ou não atrapalhava como está fazendo agora como o embate da desoneração dos setores que mais empregam.
Me erre de novo
Será muito bom para o país que o boletim Focus de janeiro de 2025 erre mais uma vez nas suas previsões para a economia de um ano. O problema é que dessa vez o governo - na sua cruzada de arrecadação – pode interferir no desempenho da economia. Até porque quando se entende de atrapalhar ele é muito competente...
Ligando as térmicas
O boletim do Programa Mensal de Operação do ONS indica que a Energia Natural Afluente (água guardada nas barragens) segue abaixo da média do período tipicamente úmido. O ONS informa que estudos prospectivos apontam para uma coincidência de um período de carga elevada com baixa geração nas usinas eólicas que torna a necessidade de acionamento de termelétricas para dar confiabilidade no final da tarde e início da noite.
Hapvida na ANS
A empresa Hapvida Assistência Médica S.A. (com 0,802) e a Notre Dame Intermédica Saúde S.A. (com 1), receberam a maior pontuação na classificadas no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2023 que avalia anualmente o desempenho das operadoras de saúde, gerando uma nota que varia de 0 a 1, sendo o último o melhor resultado.
O IDSS avalia todas as operadoras atuantes no mercado de saúde suplementar de forma compulsória, e são considerados indicadores que englobam todo o escopo da atuação de uma operadora de plano de saúde privado.
Maior da AL
O Grupo Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina tem mais de 66 mil colaboradores, atende cerca de 15,8 milhões de beneficiários de saúde e odontologia por meio de 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico
BYD na Uefa
Líder global no mercado de carros elétricos, a chinesa BYD, que terá fábrica no Brasil em Camaçari, na Bahia, fechou parcerias para patrocinar os jogos da UEFA com o discurso de criar produtos Premium de experiências únicas com energia limpa e tecnologia de ponta focada nos veículos elétricos. A meta da empresa é ser a referência de mobilidade com uso de energia limpa.
Os 50 do Ipanema
Nem KC-390 Milênio, nem o E190-E2 ou o jato executivo Pretor 600. O avião da Embraer de maior sucesso é o Ipanema. um modelo agrícola que no mês de dezembro atingiu a marca histórica de 1.600 unidades produzidas e entregues ao longo das cinco décadas de produção ininterrupta da aeronave. A nova versão do modelo EMB-203 - 2020 fez do Ipanema o único avião agrícola certificado movido a etanol. É o avião mais verde do mercado