A solenidade de posse no Rio de Janeiro, da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na última quarta-feira (19) com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva foi o que se pode chamar de ocupação. Além do de Minas e Energia, Alexandre Silveira e outros seis ministros estiveram na sede da companhia, assim como dos presidentes de bancos estatais.
Lula disse que mesmo quando o petróleo não for mais o motivo de existência da Petrobras, ela ainda será uma empresa de energia, refinando biodiesel, produzindo hidrogênio verde e outras soluções sustentáveis”. Mas pelo andar da FPSO (sigla para o termo inglês Floating Production Storage and Offloading, traduzido como Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência) isso vai demorar, para tristeza dos ambientalistas do governo.
Transição energética
E que mesmo quando Chambriard diga que a companhia percorrerá como uma “líder brasileira da transição energética justa e inclusiva” isso quer dizer ativos de petróleo e gás, plantas de refino que segundo ela terão “investimentos consistentes e tempestivos”. Ou seja: a Petrobras vai ser o que sempre foi; Uma empresa de exploração de petróleo.
E uma boa demonstração dessa linha foi a visita guiada que Magda Chambriard conduziu levando o presidente Lula da Silva e sua comitiva aos laboratórios do Cenpes (CENPES - Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello) que é o orgulha da empresa na pesquisa de petróleo.
O Cenpes foi onde o modelo conceitual (não o de construção) da refinaria Abreu e Lima foi desenvolvido. Lula e sua comitiva vestiram jalecos brancos e assistiram a uma apresentação com óculos de realidade ampliada sobre o futuro da companhia e suas pesquisas. A ministra do meio ambiente Marina Silva não esteve presente.