Ricardo Cavaliere derrota Mauricio de Sousa por vaga na ABL

O novo acadêmico vai ocupar a cadeira 8, que pertenceu a Cleonice Berardinelli
Estadão Conteúdo
Publicado em 27/04/2023 às 23:10
O imortal da ABL, Merval Pereira, queima os votos durante sessão plenária, onde foi eleito o filósofo Ricardo Cavaliere Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO


Criador da Turma da Mônica, o cartunista Mauricio de Sousa concorria a uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras, mas perdeu a eleição realizada nesta quinta-feira, 27, para o filólogo Ricardo Cavaliere.

O novo acadêmico vai ocupar a cadeira 8, que pertenceu a Cleonice Berardinelli, que morreu em janeiro. Cavaliere foi eleito com 35 dos 38 votos possíveis, em uma eleição que durou apenas 22 minutos. Houve ainda um voto em branco.

Professor com experiência na área de Letras e Linguística, e autor de obras como Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira, ele já havia concorrido a uma vaga na ABL em 2021, quando José Paulo Cavalcanti foi eleito.

Desta vez, Cavaliere iniciou o processo como favorito, mas havia perdido terreno a partir da entrada de Mauricio de Sousa. O cartunista buscava se tornar o primeiro escritor de quadrinhos a ocupar uma das 40 cadeiras da Academia, cuja fundação remonta ao final do século 19. A expectativa, contudo, é de que ele tente novamente uma vaga em eleições futuras.

Do total de votos, 14 foram dados por carta e o restante, presencialmente. Foi a segunda vez na história da ABL que a eleição de um imortal se deu por uma urna eletrônica.

Cedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio, o equipamento é o mesmo utilizado nas eleições políticas. A novidade foi usada pela primeira vez na academia na semana passada, quando a paulista Heloísa Buarque de Hollanda foi eleita para a cadeira 30, ocupada anteriormente pela escritora Nélida Piñon.

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