No dia em que o Metrô do Recife sofreu um descarrilamento - que por sorte, não teve consequências sérias como feridos e mortes, mas assustou muitos passageiros - uma notícia que pode vir a ajudar o sistema e, o que é melhor, sob vários aspectos. Em dezembro, o Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco vai atuar no metrô. Estará permanentemente nas Linhas Centro e Sul. A força policial não resolverá o problema da superlotação nos horários de pico e o medo que o passageiro segue tendo por causa das aglomerações, mas é uma tentativa de moralização do sistema metropolitano, que tanto precisa de recursos e atenção.
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O convênio com a PM estava decidido desde janeiro de 2020 e, quando iria começar a ser executado, a pandemia suspendeu. Mas agora vai. A garantia é dada pela Companhia Brasileira de Trens Brasileiros (CBTU). Segundo o superintendente do Metrô do Recife, Carlos Fernando Ferreira, o convênio começa no próximo mês, custará R$ 3,6 milhões por ano (R$ 318 mil/mês) e envolverá um efetivo de 70 homens do BPChoque.
“Não temos o dia exato, mas o teremos na próxima semana e a parceria com a PM começa em dezembro. Está tudo certo. Os PMs já passaram por um treinamento para conhecer bem o sistema, saber os pontos vulneráveis, as rotas, de forma que entendam a operação. E vão atuar nas estações mais problemáticas, como Cavaleiro, Coqueiral, Jaboatão, Joana Bezerra, citando algumas. Mas eles estarão e irão onde houver necessidade”, explica Carlos Fernando Ferreira, à frente da CBTU no Recife.
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Os policiais do BPChoque terão turnos de oito horas e comunicação direta com os seguranças e a central de monitoramento do metrô, que funciona na sede do Metrorec, em Areias, Zona Oeste do Recife. Por lá, o sistema consegue ter 1.300 olhos, o equivalente às câmeras instaladas nos últimos dois anos nas Linhas Centro e Sul do sistema.
O policiais irão atuar no policiamento do metrô nos horários de folga, dentro do Programa de Jornadas Extras (PJEs) da Secretaria de Defesa Social. É o mesmo modelo adotado para as estações do Sistema BRT. A estratégia é utilizar os PMs para impor respeito e garantir a ordem no sistema, inibindo os assaltos e, principalmente, a atuação dos ambulantes – que ainda dominam as estações e os trens.
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