TRANSPORTE PÚBLICO

Batalhão de Choque começa a atuar no Metrô do Recife em dezembro

Policiamento, que deveria ter começado antes da pandemia, é uma tentativa de moralização do sistema. PMs estarão nas estações e trens

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 20/11/2020 às 18:36 | Atualizado em 05/01/2021 às 15:15
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Projeto elaborado pelo governo federal e estadual previa que Metrô do Recife seria estadualizado e, posteriormente, concedido à gestão e operação privadas num pacote de R$ 8,9 bilhões por 30 anos. PSB engavetou a proposta às vésperas das Eleições 2022 - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

No dia em que o Metrô do Recife sofreu um descarrilamento - que por sorte, não teve consequências sérias como feridos e mortes, mas assustou muitos passageiros - uma notícia que pode vir a ajudar o sistema e, o que é melhor, sob vários aspectos. Em dezembro, o Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco vai atuar no metrô. Estará permanentemente nas Linhas Centro e Sul. A força policial não resolverá o problema da superlotação nos horários de pico e o medo que o passageiro segue tendo por causa das aglomerações, mas é uma tentativa de moralização do sistema metropolitano, que tanto precisa de recursos e atenção.



O convênio com a PM estava decidido desde janeiro de 2020 e, quando iria começar a ser executado, a pandemia suspendeu. Mas agora vai. A garantia é dada pela Companhia Brasileira de Trens Brasileiros (CBTU). Segundo o superintendente do Metrô do Recife, Carlos Fernando Ferreira, o convênio começa no próximo mês, custará R$ 3,6 milhões por ano (R$ 318 mil/mês) e envolverá um efetivo de 70 homens do BPChoque.

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Segundo o superintendente do Metrô do Recife, o convênio começa no próximo mês, custará R$ 3,6 milhões por ano (R$ 318 mil/mês) e envolverá um efetivo de 70 homens do BPChoque - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


“Não temos o dia exato, mas o teremos na próxima semana e a parceria com a PM começa em dezembro. Está tudo certo. Os PMs já passaram por um treinamento para conhecer bem o sistema, saber os pontos vulneráveis, as rotas, de forma que entendam a operação. E vão atuar nas estações mais problemáticas, como Cavaleiro, Coqueiral, Jaboatão, Joana Bezerra, citando algumas. Mas eles estarão e irão onde houver necessidade”, explica Carlos Fernando Ferreira, à frente da CBTU no Recife.

Thiago Lucas/ Artes JC
Passageiros Transportados Em Agosto/2020 - Thiago Lucas/ Artes JC

Os policiais do BPChoque terão turnos de oito horas e comunicação direta com os seguranças e a central de monitoramento do metrô, que funciona na sede do Metrorec, em Areias, Zona Oeste do Recife. Por lá, o sistema consegue ter 1.300 olhos, o equivalente às câmeras instaladas nos últimos dois anos nas Linhas Centro e Sul do sistema.

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Movimentação na estação de metrô do Recife durante a pandemia do coronavírus (matéria de domingo) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

O policiais irão atuar no policiamento do metrô nos horários de folga, dentro do Programa de Jornadas Extras (PJEs) da Secretaria de Defesa Social. É o mesmo modelo adotado para as estações do Sistema BRT. A estratégia é utilizar os PMs para impor respeito e garantir a ordem no sistema, inibindo os assaltos e, principalmente, a atuação dos ambulantes – que ainda dominam as estações e os trens.

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Investimentos Metrô - ARTES/JC

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