Metrô de São Paulo vai fechar todas as bilheterias para economizar milhões, diz governo
Fechamento gradual das bilheterias começa nesta sexta-feira (7/10). A partir de outubro, venda será apenas digital
O sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo, um dos maiores e mais eficientes do mundo, deixará de contar com bilheterias para a venda física das passagens. E a polêmica mudança começará nesta sexta-feira (8/10), quando a Secretaria de Transporte Metropolitanos (STM) do governo paulista estará iniciando o encerramento gradual das bilheterias físicas nas estações de metrô e trem.
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A venda permanecerá presencial apenas das 6h as 10h e das 16h as 20h em algumas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que é o trem metropolitano dos paulistas. A previsão, segundo o governo estadual, é que a partir de outubro e até o fim do ano todas as bilheterias sejam fechadas e a compra dos bilhetes realizada apenas de forma digital.
A economia, garante o governo de São Paulo, será grande: R$ 100 milhões anuais nos custos operacionais. A STM garantiu, ainda, que os funcionários que atuam nessas áreas vão ser direcionados para outras atribuições nas estações. Além da economia, o governo de São Paulo alega que a rede ofertada para a compra digital é ampla, o que evitará problemas para os passageiros.
Os bilhetes podem ser adquiridos pelo aplicativo TOP, por meio do WhatsApp com pagamento por PIX, nas máquinas de autoatendimento e em estabelecimentos comerciais que prestarão o serviço de venda no entorno das estações. A passagem na catraca pode ser feita com um código QR Code desde dezembro. A secretaria esclarece que os bilhetes BOM e Bilhete Único continuam funcionando normalmente. Também estão válidos os antigos bilhetes de papel que podem ser usados nas catracas.
CRÍTICAS
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo criticou o plano de substituição das bilheterias. Em nota, a entidade avaliou que a mudança vai prejudicar os usuários e provocará desemprego nas empresas terceirizadas que vendem os bilhetes. O sindicato aponta ainda que o novo modelo pode afetar o trabalho das equipes da estação e de segurança porque os passageiros deverão recorrer a eles quando tiverem problemas com o bilhete.
Nos primeiros 30 dias de mudança na venda das passagens haverá uma equipe de reforço para orientar os usuários. A secretaria também promete que haverá orientações nas plataformas digitais para compra, além de comunicação nas redes sociais e por SMS. Ainda de acordo com a secretaria, 2 mil estabelecimentos já estão cadastrados para vender bilhetes ao redor das estações e a projeção é chegar a 6 mil postos até o fim de 2022.
Com informações da Agência Brasil