Futuro sobre rodas: metade dos donos de carros pretende mudar para modelos elétricos em cinco anos
A pesquisa apontou, ainda, um novo filão para as já poderosas plataformas de transporte por aplicativo, como Uber, 99 e Indrive
A mobilidade elétrica, apesar de ainda muito onerosa para a maioria da população, é desejo de muitos. Pesquisa realizada pela HSR-Route Automotive, empresa especialista em pesquisas de mercado, nas nove principais regiões metropolitanas do País - o Grande Recife entre elas - revelou que 53,5% das pessoas entrevistadas se imaginam em carros elétricos ou híbridos nos próximos cinco anos. Utopia? Não, até porque é um mercado que vem crescendo amplamente no mundo e até mesmo no Brasil.
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A pesquisa apontou, ainda, um novo filão para as já poderosas plataformas de transporte por aplicativo, como Uber, 99 e Indrive. Que 52% dos usuários de apps pagariam mais por corridas em carros elétricos. O levantamento da HSR-Route ouviu 575 pessoas (52% homens e 48% mulheres) com mais de 18 anos.
O transporte aéreo também foi lembrado na pesquisa. Para 12,7% dos entrevistados, será possível transitar em helicópteros compartilhados em menos de uma década. Além disso, 11% acreditam que até 2026 haverá drones que serão usados no transporte individual. “Em até dez anos haverá lançamentos de táxis aéreos, helicópteros individuais, entre outras novidades. Realmente, o futuro está chegando rápido, com a vida imitando a arte. Todos lembram do desenho ‘Os Jetsons', com seus carros voadores”, lembra o diretor da HSR-Route Automotive, Wladimir Molinari.
MUDANÇA DE POSTURA
A expectativa futurista expressa na opinião dos entrevistados só comprova a mudança de comportamento que as pessoas têm adotado na vida e que foi potencializada após a pandemia de covid-19. “Se, num passado não muito distante, a potência do motor era um dos itens de maior importância na escolha de um modelo de carro, mesmo que consumisse mais combustível e, consequentemente, fosse mais poluente, hoje já não é assim. Com a pandemia, as questões de sustentabilidade ganharam uma proporção muito maior”, avalia Wladimir Molinari.