Pilotos e comissários encerram greve nos aeroportos após acordo com companhias aéreas

Grevistas paralisavam desde a última segunda-feira (19) das 6h às 8h, provocando atrasos em voos antes do Natal
Katarina Moraes
Publicado em 25/12/2022 às 13:52
Aeroporto de Brasília estava entre os afetados pela greve dos pilotos e comissários. Foto: José Cruz/Agência Brasil


Pilotos e comissários de companhias aéreas encerraram neste domingo (25) a greve por reajuste salarial que já durava cinco dias. Em torno de 70% da categoria aprovou um reajuste de 6,97% sobre salários e benefícios. As informações são da Folha de S. Paulo.

A paralisação havia sido suspensa na última sexta (23) para votar a proposta das empresas. Grevistas paralisavam desde a última segunda-feira (19), das 6h às 8h, provocando atrasos em voos antes do Natal.

Nna transmissão em vídeo que anunciou o resultado, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, agradeceu o movimento. "Eu queria realmente agradecer a todos que estiveram conosco nos aeroportos, que estiveram conosco paralisando os voos, isso fez toda a diferença".

"Conseguimos fazer uma renovação, trazer melhorias financeiras, melhorias na parte social, algo que já não se via havia algum tempo."

A proposta aceita foi a terceira feita aos pilotos, copilotos e comissários, após a paralisação mais longa na história da categoria, segundo o SNA.

O  reajuste considerou a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 1%  sobre todas as cláusulas econômicas, como salários fixos e variáveis, diárias nacionais (diárias internacionais não entram no reajuste), vale-alimentação, piso salarial, seguro, entre outros.

A proposta também engloba folgas com horários definidos publicadas em escala - mudanças, dependendo da situação e do tempo de antecedência de aviso, podem gerar multas de R$ 500. 

Nos cinco dias, a paralisação ocorreu nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos (SP), Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Grande Belo Horizonte).

"Essa proposta pode não parecer o melhor dos mundos, e não é. O melhor dos mundos é a gente se sentar a uma mesa de negociação com respeito da outra [parte], e não é o que acontece", disse a diretora de administração e finanças do SNA, Lília Cavalcanti.

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