Nesta segunda-feira (15), motoristas de aplicativo, como Uber e 99, entraram em greve em todo o país, reivindicando melhores condições de trabalho.
A paralisação é uma iniciativa da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).
As entidades calculam que 70% dos profissionais da categoria do Brasil devem aderir à greve.
GREVE DOS MOTORISTAS DE APLICATIVO: ENTENDA
Os motoristas de aplicativo das empresas Uber, 99, inDrive, iFood e Rappi, deflagraram uma paralisação de 24 horas, começando na madrugada desta segunda-feira (15).
O motivo da greve é a insatisfação da categoria com as condições de trabalho.
EXIGÊNCIAS
Os motoristas de aplicativo exigem das plataformas:
- Repasses mais altos nas tarifas das corridas.
- Reajuste do valor mínimo da corrida, hoje em R$ 5,87, para R$ 10, e no valor do quilômetro rodado, hoje entre R$ 1,19 e R$ 2, para R$ 2.
- Cobrança de um adicional por cada parada solicitada durante a corrida.
O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, disse que a paralisação é porque o motorista de aplicativo está recebendo o mesmo desde 2016.
“Até hoje, o motorista mantém o valor das corridas ganhando a mesma coisa. O setor automobilístico aumentou suas peças, o valor do veículo, o petróleo teve aumentos consecutivos, e as empresas não acompanharam esse aumento”, explicou.
COMO ESTÁ A GREVE AGORA?
Em São Paulo, passageiros relatam cancelamentos de corridas, maior tempo de espera e aumento de até 50% nos preços.
A 99 informou, através de nota, que tem conversado com os motoristas do aplicativo e que tem programas de apoio à categoria.
"Ouvindo e conversando com cerca de 2 mil motoristas todos os meses, a 99 adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app: foi a primeira plataforma a oferecer a taxa garantida, que assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%”.
A greve segue em todo o país, com previsão para durar até às 4h da terça-feira (16).