Na noite desta terça-feira (25), o Sindmetro-PE (Sindicato dos Metroviários de Pernambuco) confirmou a paralisação que vinha sendo discutida ao longo da semana.
Após uma Assembleia Geral na Estação Recife, a categoria, que é contra a privatização e a favor da retirada da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) do PND (Programa Nacional de Desetatização), decidiu por aderir à paralisação de 48 horas.
PARALISAÇÃO DE 48 HORAS
Segundo o Sindmetro, nas próximas 48 horas "não haverá atendimento no Metrô do Recife".
"As reivindicações da categoria incluem o reajuste do piso salarial, cláusulas garantindo a estabilidade dos empregos e a realocação dos funcionários para outro órgão, caso o metrô do Recife seja privatizado. Todos esses pontos estão previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2025".
PROPOSTA DA CATEGORIA
De acordo com o Sindicato, a proposta é que a CBTU cumpra o acordo assinado no dia 19 de junho deste ano e que o Governo Federal remova a CBTU do PND.
Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, cobrou a retirada da CBTU do PND:
“O Governo Lula defende a soberania nacional e a importância das empresas públicas, incluindo a CBTU, que sempre prestou um serviço de excelência à população. O governo Lula não pode se igualar ao governo Bolsonaro, que sucateou a empresa com o intuito de vendê-la. Nós elegemos o presidente Lula e se opõem à privatização do metrô. Quanto ao acordo, a empresa deve cumprir o que foi acordado e dialogar com a categoria. A luta é pelo direito de todos os trabalhadores”, disse.
“Infelizmente, nós rodoviários não avançamos em nosso acordo com a empresa. E sabemos, sentindo na pele, o que é ser privatizado, pois os ônibus da Grande Recife são privatizados e a gente vê que isso não resolve. Quero afirmar que estaremos juntos, rodoviários e metroviários, iremos lutar contra os poderosos e a união vencerá”, frisou.
PRIMEIRA GREVE NO GOVERNO LULA
Já é a segunda vez que os metroviários realizam uma paralisação no Metrô do Recife. No último dia 13 de julho, a categoria realizou uma paralisação de 24 horas.
Na época, o sindicato tentou realizar um acordo com a empresa, sem sucesso.