Pela primeira vez desde sua fundação, a Uber encerrou o ano com lucro, registrando um lucro operacional anual de US$ 1,1 bilhão em 2023, conforme divulgado em seu balanço financeiro no início do mês. Esse montante, equivalente a R$ 5,49 bilhões pela cotação do dia, superou as expectativas do mercado.
Diante disso, muitos motoristas parceiros da big tech estadunidense podem se perguntar: A Uber irá aumentar o valor repassado aos parceiros da plataforma?
Por ora, não há qualquer indicativo da empresa para isso. Sendo assim, motoristas cadastrados na plataforma tendem a continuar recebendo o mesmo percentual que é repassado pela Uber atualmente.
UBER TEM LUCRO ANUAL PELA PRIMEIRA VEZ
Os bons números da empresa foram impulsionados pela maior demanda em seus negócios de compartilhamento de caronas e entrega de alimentos.
A Uber, que registrou seu primeiro lucro de um ano inteiro em base líquida, está expandindo iniciativas como filiação de membros, viagens corporativas e publicidade. Junto de um aumento nas viagens, isso está ajudando a empresa a melhorar a retenção de usuários.
Após um declínio durante os anos da pandemia de Covid-19, a procura por viagens aumentou no ano passado, à medida que as pessoas começaram a sair mais de casa e muitas empresas solicitaram o retorno de seus funcionários aos escritórios.
Em setembro, a Uber mencionou que estava contemplando recompras de ações e dividendos, porém, não divulgou nenhum plano concreto em seu relatório de lucros. Como resultado, as ações da empresa caíram 3% nas negociações do pré-mercado.
RECOMPRA DE AÇÕES
Na última quarta-feira (15), a Uber Technologies anunciou planos para recomprar até US$ 7 bilhões em ações da empresa, impulsionada por uma sólida recuperação nos negócios de transporte de passageiros e uma demanda saudável em sua divisão de entrega de alimentos.
Isso resultou em um aumento de mais de 5% nas ações da empresa, alcançando US$ 72,50, nas negociações antes da abertura dos mercados.
Nos próximos três anos, a Uber projeta um crescimento das viagens brutas entre 15% e 19%, além de uma expansão do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, estimada entre 30% e 40%.
A empresa também prevê que o fluxo de caixa livre, como porcentagem do Ebitda, seja de 90% ou mais anualmente.