Os paulistanos se preparam para uma semana de incertezas no transporte público.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) anunciou na última sexta-feira (28) a aprovação de uma greve de ônibus em SP, prevista para começar na quarta-feira, 3 de julho.
“Mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras da categoria lotaram a rua em frente ao SMTTRUSP em Assembleia Decisiva, onde aprovaram por unanimidade deflagração de GREVE GERAL a partir da 0h00 de quarta-feira, 03 de julho”, divulgou, em nota.
Esta paralisação ameaça afetar milhões de passageiros que dependem diariamente desse serviço para se deslocar pela cidade.
Vai ter greve de ônibus em SP? Assembleia decide nesta terça (02/07)
Para quem está preocupado e pergunta se vai ter greve de ônibus em SP, vale frisar que a greve vai acontecer na quarta-feira (03/07).
A audiência de conciliação entre representantes da categoria e das empresas agendada para a noite esta terça-feira (02/07) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) terminou sem acordo entre as partes, por isso, a partir das 00h desta quarta, a greve de ônibus em SP será deflagrada.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que o sindicato mantenha 100% do efetivo de motoristas e cobradores nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h.
Nos demais períodos, deve ser mantido um mínimo de 50% do efetivo. Caso a determinação judicial seja descumprida, será aplicada uma multa de R$ 100 mil tanto ao Sindmotoristas (trabalhadores) quanto ao SPUrbanuss (patronal).
Greve de ônibus em SP: linhas que podem ser afetadas
Até agora, a previsão é que todo o sistema de transporte público por ônibus em São Paulo seja afetado pela greve.
No entanto, a categoria cumprirá qualquer ordem judicial que determine a circulação parcial dos ônibus durante os horários de pico.
A paralisação tem potencial para afetar cerca de 1,5 milhão de pessoas, responsáveis por 4,2 milhões de embarques diários, aproximadamente 60% do sistema gerenciado pela prefeitura.
A greve deve impactar principalmente os sistemas estrutural e de articulação, envolvendo cerca de 7.300 ônibus em mais de 800 linhas, operados por funcionários de empresas associadas ao SPUrbanuss, o sindicato patronal da capital.
As linhas do sistema de distribuição, localizadas principalmente na periferia da capital e que faziam parte do antigo sistema de cooperativas, não devem participar da paralisação.
Essas linhas transportam cerca de 1 milhão de passageiros diariamente, resultando em quase 3 milhões de embarques.
Greve de ônibus em SP: o que desejam os grevistas?
A principal demanda dos trabalhadores para deflagrar a greve de ônibus em SP na quarta-feira é por reajuste salarial, com aumento de 3,69% baseado no IPCA, devido à inflação e ao alto custo de vida na cidade.
Além disso, buscam um aumento real de 5% e reposição das perdas salariais da pandemia, totalizando 2,46% segundo o Dieese.
As empresas ofereceram reajuste de 2,77% conforme o Salariômetro de setembro.
Outras demandas incluem ampliação da PLR, aumento do tíquete para R$ 38, cesta básica de qualidade e fim do termo "similar" nos contratos.
A categoria também pleiteia reajuste de 17% no seguro de vida, melhorias nos convênios médico e odontológico, revisão do auxílio funeral e um cartão para emergências