A votação do projeto do marco regulatório para o setor de saneamento básico expôs uma casta de políticos que a pretexto de fazer discursos de comprometimento com as populações mais necessitadas, o que se observa na prática é que se trata de um grupo de tapados pela venda da ideologia estatizante que mantém o país na idade da pedra, quando o assunto é esgoto e água tratada.
Não é necessário que se escrevam tratados e teses sobre o tema, não. É só analisar os mais recentes levantamentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para saber que quase 35 milhões de brasileiros estão sem ter acesso à água tratada e mais de 100 milhões convivem com o esgoto a céu aberto.
E sabe qual foi a justificativa que deram para votar contra o projeto que vai universalizar o fornecimento de água e esgoto? É que estão querendo acabar com as empresas públicas de tratamento de água e esgoto no Brasil. E que privatizar não é solução!
E foi justamente esse grupo que passou anos no poder e pouco ou nada fez para encontrar uma solução do problema do esgoto fedorento passando na porta da dona de casa. Foi essa mesma bancada de parlamentares que teve coragem de dizer que a prioridade hoje é o enfrentamento do coronavírus e que levar água e esgoto para quem não teve até hoje acesso a esses serviços pode esperar mais um pouco.
O corajoso relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) aponta que "não se trata de privatização. Que ninguém está obrigado a privatizar nada, nenhum governador, nenhum prefeito. Quem quiser privatizar, privatiza."
A meta de chegar a 2033 com esgoto sanitário na cada de 90% da população e com fornecimento de água potável a 99% dos brasileiros parece utópica, mas se depender da bancada do atraso, nós vamos levar muito mais tempo para que esses serviços essenciais cheguem às populações mais carentes.
Sim, porque quem votou contra a universalização da água e do esgoto, não está nem aí, sabe por quê? Porque eles tem esse tratamento em casa, e não é de hoje.
Pense nisso!