A permanência de Abraham Weintraub no cargo de ministro da Educação a fim de mantê-lo sob o manto protetor do foro privilegiado, não é estratégia nova em governos recentes.
Em março de 2016, a presidente Dilma Rousseff (PT) convidou o investigado Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro da Casa Civil da Presidência da República. À época, Lula era investigado na Operação Lava Jato e vindo a se torna ministro de Estado, teria o processo migrando da Justiça Federal em Curitiba (PR) para o Supremo Tribunal Federal. A justiça barrou a manobra.
Em novembro do ano seguinte, o presidente Michel Temer (PMDB) sancionou uma lei que reestruturou os ministérios e garantiu ao secretário-Geral da Presidência o “status” de ministro de Estado. O ocupante da cadeira era Moreira Franco citado em delações premiadas.
No atual governo não é diferente. Investigado pelo Supremo Tribunal Federal por suposto crime de racismo Abraham Weintraub vem sendo mantido à frente do Ministério da Educação não por sua habilidade como gestor, mas para não perder as regalias do foro privilegiado.
Apesar dos incontáveis exemplos, propostas é que não faltam para por um fim no foro de prerrogativas de função. Mas no Congresso Nacional tem sempre um político avisando que o fim do foro pode ser a cadeia de muita gente graúda. Melhor não acabar com a regalia.
Pense nisso!