Opinião

É inconcebível que diante de tamanha catástrofe, ainda tenha quem politize a pandemia

Leia a opinião de Romoaldo de Souza

JC
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JC
Publicado em 11/08/2020 às 9:50 | Atualizado em 11/08/2020 às 9:50
MICHAEL DANTAS/AFP
No triste ranking mundial da pandemia, o Brasil é o segundo país com mais casos de covid-19 - FOTO: MICHAEL DANTAS/AFP

Eu gostaria de começar a reflexão de hoje, lembrando os verso do Padre Antônio Vieira (Lisboa, Portugal 06/02/1608 - Salvador (BA) 18/07/1697) “As lágrimas são o mais vivo do sentimento, porque são o destilado da dor; são o mais encarecido dos louvores, porque são o preço da estimação; são o mais efectivo da consolação, porque são o alívio da natureza”

Os versos do jesuíta português invadiram mesas de dor no último fim de semana, nas casas onde os pais isolados não puderam receber os filhos; nos hospitais onde os pais internados estavam e nem tiveram o prazer de receber a visita dos filhos. Ou aquelas famílias destroçadas, arrasadas, partidas pela dor da perda de entes queridos que não tiveram a oportunidade de comemorar o Dia dos Pais.

Quem aponte o dedo para a outra parte como se não houve uma responsabilidade coletiva por tudo isso.

Uns mais, outros menos. Aqueles que ocupam cargos mais elevados, têm mais parcela de contribuição para que os números da covid-19 não tivessem sido contidos a tempo.

O Brasil ainda há de chorar a dor da negligência, do pouco caso das autoridades. Embora, é bom que se diga, que a gente sabe que tem muita gente virando as costas para a dor alheia, e não são somente algumas autoridades, não.

Pense nisso!

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