Opinião

Queiroga ignorou o PNI, a OMS e a Anvisa apenas para agradar o chefe, o presidente Jair Bolsonaro

Ministro da Saúde mandou suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades e, sem dar detalhes, afirmou que "foram relatados mais de 1.500 eventos adversos em adolescentes decorrentes da vacina"

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Romoaldo de Souza

Publicado em 17/09/2021 às 7:22
Análise
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Eu já havia escutado o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim chamar o presidente Lula (PT) de “nosso guia”, mas ontem, o nível da subserviência chegou ao grau máximo. Marcelo Queiroga, da Saúde, ignorou o Plano Nacional de Imunizações (PNI), a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e mandou suspender a vacinação de adolescentes apenas para agradar o chefe, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

Sem dar detalhes, o ministro da Saúde afirmou que “foram relatados mais de 1.500 eventos adversos em adolescentes decorrentes da vacina”. Imediatamente, a Anvisa rebateu o ministro afirmando que “com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina. Os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

Ou seja, alguém está faltando com a verdade em nome sabe-se lá do quê. E entre o que diz a comunidade científica e a política do atual governo que negligenciou a vacinação o quanto pode, a ponto do país ter imunizado, totalmente, apenas pouco mais de 36% da população, eu fico com os estudiosos. Ainda bem que a maioria dos governos estaduais decidiu manter o calendário de vacinação para adolescentes, ignorando as trapalhadas do Ministério da Saúde.

Pense nisso!

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