PT e os partidos que gravitam em torno da legenda querem enfraquecer Bolsonaro para fortalecer o nome de Lula
O Partido dos Trabalhadores trabalhou para esvaziar os protestos contra o presidente, e colocou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) de prontidão para demover sindicalistas que desejassem sair às ruas
Após os atos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ministros passaram a usar as redes sociais para bradar o que eles chamam de fiasco, numa alusão à quantidade pequena de participantes.
- Bolsonaro diz que o Brasil está em paz. O problema é que o presidente sabe que protestos são imprevisíveis
- É preocupante que bloqueios de caminhoneiros sejam orquestrados para dar a Bolsonaro motivos para medidas autoritárias
- É preferível que Bolsonaro decepcione seu seguidores para não colocar seu mandato em risco
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, chamou de “vexame e choque de realidade”. O próprio Bolsonaro fez chacota das manifestações: “Viram em São Paulo, cinco presidenciáveis aglomerados? É uma minoria digna de dó.”
Mas o que é preciso ser dito é que os protestos do último domingo não uniram as esquerdas nem os sindicatos nem os insatisfeitos com o presidente da República. E se tem um grupo que precisa ser chamado à responsabilidade, é o Partido dos Trabalhadores. O PT trabalhou para esvaziar os protestos, colocou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) de prontidão para demover sindicalistas que desejassem sair às ruas. O PT e os partidos que gravitam em torno da legenda não estão interessados em tirar o presidente do poder, eles querem enfraquecer o “capitão”, para fortalecer o nome de Lula.
O que o Brasil está carecendo não é nem de uma terceira via. É de uma via alternativa para enfrentar a extrema direita capitaneada por Bolsonaro e os lulistas que se autointitulam de extrema esquerda, de maneira equivocada, porque não são.
Pense nisso!