Tanto Sachsida como Bolsonaro sabem que vender a Petrobras é uma tarefa que não prospera
Privatização não tem apoio da maioria do Congresso Nacional, e sem esse apoio, falar nesse assunto é pura espuma. E em ano eleitoral, espuma pode render votos
É perda de tempo analisar que a chegada do economista Adolfo Sachsida no comando do Ministério de Minas e Energia possa trazer alguma mudança radical na política de preços que a Petrobras vem praticando. Em outras palavras, é cedo para comemorações, e os combustíveis devem continuar subindo toda vez que houver alteração no preço do barril de petróleo no mercado internacional ou quando o dólar resolver dar uma subidinha a mais em relação ao real.
O novo ministro anunciou que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) para privatizar a Petrobras. O que ocorre é que o debate é importante, mas está se dando em momento inoportuno. Porque tanto Sachsida como Bolsonaro sabem que vender a Petrobras é uma tarefa que não prospera por não ter apoio da maioria do Congresso Nacional, e sem esse apoio, falar em privatização é pura espuma. E em ano eleitoral, espuma pode render votos, mas é infrutífera.
O grande ator Charles Chaplin (1889 - 1977) dizia que “A vida é um palco de teatro que não permite ensaios.” Na encenação do governo de Bolsonaro, a política de preço dos combustíveis é um jogral de pouca credibilidade.
Pense nisso!