Pode parecer brincadeira, mas não é. No Congresso Nacional podem ser encontrados parlamentares que andam chamando o decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, de Papai Noel ou Gilmar Noel.
Sem precisar de renas nem trenó. Sem necessitar de descer e entrar pela chaminé da casa do presidente eleito, Lula da Silva (PT), o ministro do STF deu um presentão ao futuro governo. O Bolsa Família, como Lula vai chamar o Auxílio Brasil, vai poder furar o teto de gastos sem que o futuro presidente seja enquadrado na Lei de Responsabilidade.
Explicando. O Auxílio Brasil, programa social do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), custou este ano R$ 22 bilhões, aproximadamente. Significa dizer que no ano que vem o governo Lula só vai poder gastar os mesmos valores que Bolsonaro gastou, acrescidos da inflação. Com a decisão de Gilmar Mendes, Lula não vai precisar perder sono como isso, não.
Agora, como a decisão é liminar, vale até que o plenário do Supremo analise essa decisão. Enquanto isso, Lula vai gastando o dinheiro enquanto ganha tempo para negociar uma saída com o Congresso Nacional.
Nem Papai Noel seria tão generoso com Lula da Silva como foi Gilmar Mendes.
Pense nisso!