Só quem já trabalhou fazendo mudança sabe como um “freio de arrumação” é importante para [re]colocar a carga no seu devido lugar. Em geral, depois de uma hora, duas, de percurso é preciso de um breque, para arrochar a amarração.
O governo recém empossado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em menos de uma semana já vai passar por um puxão de orelhas. Uns solavancos para voltar aos eixos.
Na Previdência Social, o ministro Carlos Lupi aproveitou a oportunidade na tomada de posse para defender mudanças na reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional no início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Quero formar comissão quadripartite com uma representação dos sindicatos patronais, com sindicatos dos empregados, com sindicatos dos aposentados e com governo. Nós precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previdência, discutir com números e com profundidade", disse o ministro da Previdência.
Em seguida, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, assegurou que "não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada.”
É prudente que o "puxão de orelhas" seja dado logo nas primeiras horas de governo para evitar que daqui a pouco, cada um dos 37 ministros saia “tocando seu instrumento” com afinação própria, sem nenhuma sintonia com o maestro. Lula fez bem em convocar para esta sexta-feira (6), sua primeira reunião ministerial.
Pense nisso!