Planalto capacita ministros para usarem o Código Morse na distribuição de cargos

Leia a coluna Política em Brasília
Romoaldo de Souza
Publicado em 16/06/2023 às 21:09
Maria Arraes quer programa para combater evasão escolar Foto: Câmara dos Deputados


FRITURA PELAS COSTAS
Na enfadonha reunião ministerial desta quinta-feira (15) teve o momento “gordofobia do bem” e a crítica pelas costas.

O presidente Lula (PT) estava falando que a refeição seria leve e, voltando-se para o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou “mas vamos trazer pouca comida para ele”. Ao fundo, uma voz feminina, não identificada, diz: “Isso é bullying.” Lula nem corado ficou.

E teve, também, o momento “descer a lenha”.
Ausente, por estar fazendo exames médicos em São Paulo, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, recebeu críticas da chefe do Planejamento, Simone Tebet e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O secretário-executivo de Marina, João Paulo Capobianco, estava apresentando os planos do ministério, quando citou um evento sobre queimadas no Centro-Oeste. Tebet - que tem base política no Mato Grosso do Sul - e Fávaro, que é senador licenciado pelo Mato Grosso, reclamaram por não terem sido convidados. A coluna “Política em Brasília", do JC, procurou a assessoria de Imprensa do Ministério da Meio Ambiente, mas não obteve resposta. O JC está aberto.

MENSAGEM CIFRADA
Quase que em Código Morse - sistema de comunicação desenvolvido pelo físico americano, Samuel Morse (1791-1872) - a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República está comunicando os parlamentares aliados que foi aberta a temporada de preenchimento de cargos públicos.

Quando o chefe da Casa Civil, Rui Costa, diz que as nomeações são importantes para “azeitar” as “relações políticas com o Congresso Nacional”, o baiano não está se referindo a nenhum óleo vegetal usado na culinária. Rui Costa está reconhecendo que em uma via de mão dupla o governo entra com mais de 3 mil cargos públicos que ainda não foram preenchidos e os aliados com os votos de que o Planalto necessita para “azeitar” a máquina pública. Sem linguagens subliminares.


“SEMANA BRANCA” EM HOMENAGEM A SÃO JOÃO
As tradições juninas chegaram ao Plenário da Câmara dos Deputados, mas não é que o presidente Arthur Lira (PP-AL) tenha liberado a quadrilha, o quentão e as comidas típicas.

Está no forno um acordo com líderes partidários, principalmente da bancada dos nove estados do Nordeste, para que aproveitem a época para acompanhar as bases aliadas, conversar com o eleitorado e voltar rejuvenescido. E, ninguém terá o ponto cortado.

LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA
Estudos sobre os motivos que levam as crianças a abandonarem a escola não são conclusivos nem quanto à motivação muito menos o que deve ser feito para trazê-las de volta ao aprendizado.

A deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE) quer criar o programa Criança na Escola, “com medidas concretas para garantir a permanência dos estudantes nas instituições de ensino”.

"A evasão escolar não é só um problema de educação, é um problema social que impede o nosso desenvolvimento como nação. O Programa Criança na Escola se propõe a ser um instrumento eficaz para combater esse problema, proporcionando aos nossos estudantes um ambiente educacional acolhedor e motivador", diz Maria Arraes.

Importantes medidas deverão ser tomadas como identificar a evasão escolar, criando “grupos regionais de acompanhamento e da monitoração do desempenho e comportamento estudantil”.

CPI DAS ONGS DE OLHO NO DINHEIRO “DE CORRE SOLTO”
Convocação de lideranças indígenas, dirigentes de organizações não governamentais e autoridades do Executivo são os primeiros a serem ouvidos na CPI recém instalada. Também foram apresentados pedidos de informação a órgãos do governo federal e de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Nossa expectativa é de que os depoimentos e as informações solicitadas ajudem a esclarecer irregularidades, gastos de recursos do Fundo da Amazônia. Nós não queremos demonizar ONGs, mas é preciso dar satisfação aos amazônidas que não suportam mais serem usados” destaca o senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da comissão.

 

 

 

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