FUGINDO DA IMPRENSA
De olho nas pesquisas publicadas no último domingo pelo jornal Clarín, o ministro da Economia da Argentina, Sérgio Massa (Frente de Renovação), evitou os jornalistas que tinham sido previamente convidados a registrar seu encontro com o chefe da Fazenda, Fernando Haddad. “Os ministros estão atrasados para um compromisso com o presidente Lula”, limitou-se a informar a assessoria de imprensa do ministério brasileiro. Mais tarde Massa fez rápido pronunciamento no Planalto.
Os estudos das consultorias Analogías e Opinaia indicam que o candidato Javier Milei (A Liberdade Avança) tem 35% das intenções de votos, seguido por Sérgio Massa com 25%, e, coladinha, em terceiro lugar, vem Patricia Bullrich. A candidata da Proposta Republicana tem 23%.
O primeiro turno das eleições na Argentina está marcado para 22 de outubro. Havendo um segundo turno [que os vizinhos chamam de balotaje] será em 12 de novembro, de acordo com o calendário do Departamento Nacional Eleitoral (DNE), uma espécie de TSE de lá.
CRISTIANO ZANIN, O MALVADO FAVORITO
A franquia “Meu Malvado Favorito”, dos diretores Pierre Coffin e Chris Renaud, voltou a ficar em alta, entre integrantes de movimentos sociais do Brasil. O filme conta a saga de Gru, um vilão especializado em cometer grandes roubos, e que planeja furtar a Lua.
No Brasil real, também chamado de Brasil médio [e aqui não vem ao caso o conceito de classes sociais, abordado por Karl Marx (1818-1883]. Pois no Brasil médio dos movimentos indigenistas, há uma inquietação muito grande quanto ao voto de Zanin, quando o novo ministro for analisar, no Supremo Tribunal Federal (STF), o marco temporal — conceito jurídico que só garante posse da terra às populações indígenas que estavam na área até 5 de outubro de 1988, data em que entrou em vigor a Constituição Federal.
Em um voto virtual, recentemente, Zanin se manifestou contra o reconhecimento de uma arguição que versava sobre violência policial contra os povos guarani e kaiowá no Mato Grosso do Sul. O sinal de alerta foi aceso.
UM OFICIAL MORTO-VIVO
Que a carreira do tenente-coronel Mauro Cid está por um fio, disso ninguém tem nenhuma dúvida. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado de ter participado de grupos que incentivaram os atos de 8 de janeiro, divulgar na internet dados sobre segurança das urnas eletrônicas, falsificar cartões de vacina contra a covid-19 e vender joias doadas ao governo brasileiro.
“Morto-vivo” é o “status” de um militar expulso das Forças Armadas. Ela passa a ser considerado “morto-ficto” [morto fictício]. O cônjuge passa a condição de viuvez e receberá pensão vitalícia, conforme consta do artigo 20, Estatuto dos Militares.
REVIRAVOLTA NA CPI DO MST
A Frente Parlamentar da Agropecuária fez um apelo formal ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o Centrão que já teve e perdeu a maioria, depois de uma manobra do Planalto, agora, deve voltar a ter o comando da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Com isso, dois importantes requerimentos devem ser votados até esta quarta-feira (30). O primeiro de autoria do deputado Kin Kataguiri (União Brasil-SP) que pede a quebra de todos os sigilos do coordenador do MST, João Pedro Stédile. O relator da comissão, deputado Ricardo Sales (PL-SP), quer convocar lideranças do movimento como Lucineia do Rosário e Deolinda Alves.
O VERDE E AMARELO É NOSSO
O primeiro 7 de Setembro do governo Lula será comemorado como o que o Planalto está chamando de “Resgate de nossas cores”. O governo que usar e abusar das cores que estiveram “sequestradas” pelos bolsonaristas.
Para marcar o Dia da Independência, Lula vai fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV e recomendar que os “brasileiros de bem” devem “vestir-se dos pés à cabeça” das cores da bandeira, especialmente, o verde e o amarelo.
A conferir.