Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Presidente Lula dá uma trégua nas críticas ao BC e dólar recua

Depois das trapalhadas do governo, no episódio do leilão fajuta para comprar arroz, Agricultura recua e diz que não precisa mais importar o cereal

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Romoaldo de Souza

Publicado em 03/07/2024 às 20:41 | Atualizado em 03/07/2024 às 22:39
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025 - VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

CHÁ DE CAMOMILA
O presidente Lula da Silva (PT) vai ter um mês de “zen budista”. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tira férias nos próximos dias e o diretor de política Monetária, Gabriel Galípolo, assume o comando. Indicado pelo governo do PT, Galípolo - caso passe no teste durante as férias de Campos Neto - pode ser nomeado em dezembro. Para um mandato de quatro anos.

FEIJÃO COM ARROZ
Em dia de lançamento do Plano Safra, Lula evitou tocar no tema recorrente: taxa de juros. O presidente disse que agora só quer falar de “feijão com arroz. Antes de ir embora, sem conversar com os jornalistas, Lula disse: “O BC deveria intervir no dólar para o dólar parar de subir? Agora, eu vou conversar sobre o feijão e o arroz. Depois a gente conversa,” e saiu. “Mais prudente, impossível!” comentou um ministro que acompanhava a comitiva.

RISOTO GOVERNISTA
O Ministério da Agricultura se deu conta que fez uma tremenda trapalhada, armando o circo para comprar arroz, sob alegação de que as enchentes no Rio Grande do Sul provocaria desabastecimento. Nesta quarta-feira (3), o ministro, Carlos Fávaro, admitiu que leilão para compra do cereal “não é necessário”. Segundo ele, “É mais prudente”, suspender leilões, uma vez que “os preços cederam”.

SEBO NAS CANELAS
A senadora Teresa Leitão (PT-PE) organiza a agenda para “na próxima semana” se submeter a uma intervenção cirúrgica na perna esquerda. Durante a campanha eleitoral, a petista sofreu um acidente pelas ruas, em Paulista (PE). Terminou a campanha em cadeira de rodas. “Espero estar pronta logo para entrar na campanha eleitoral. Agora, é sebo nas canelas”, comemora.

TERRA DOS ALTOS COQUEIROS!
A posse de Michele Collins (PP-PE) substituindo, temporariamente, Clarissa Tércio (PP-PE), foi marcada pela presença da família, de um discurso estilo pregação, mas pontuado, também, por um trecho do Hino de Pernambuco [Nicolino Milano e Oscar Brandão]: “Salve, ó terra dos altos coqueiros! De belezas, soberbo estendal. Nova Roma de bravos guerreiros. Pernambuco imortal, imortal!”. Clarisse está licenciada para fazer a campanha eleitoral em Jaboatão dos Guararapes.

Uma vez flamenguista, sempre flamenguista. Deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) comemora construção do estádio do time - Romoaldo de Souza

UMA VEZ FLAMENGO…
Vestido na bandeira do rubro-negro carioca, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) fez discurso no plenário, “envolto pelo nosso manto sagrado”, a fim de parabenizar o prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PSD), “que vai realizar o sonho dos os flamenguistas e construir o nosso próprio estádio”. Em tempo, Paes é torcedor do Vasco da Gama.

PENSE NISSO!
Se o plenário da Câmara já é um verdadeiro “estúdio” com gravações, transmissões ao vivo, entrevistas remotas, imagine agora: agora, os parlamentares estão em campanha. O site Congresso em Foco vai escolher os políticos mais influentes.

Teve um “candidato” que gravou uma mensagem aos internautas dando passo a passo, os caminhos para participar da votação pela internet e contando como é o dia a dia em Brasília de “um deputado do povo”.

Outro “hasteou” a Bandeira do Brasil no pedestal do microfone e um terceiro que gravou seis [isso mesmo, meia-dúzia] de tomadas: uma com gravata, sem paletó; outra como se estivesse dando entrevista no púlpito; a terceira, subindo escadas; mais diante, vestiu a indumentária parlamentar e entrou no Plenário, segurou o microfone como se estivesse fazendo um discurso e por fim, mas não menos importante: apertava a mão de todos os colegas que passavam próximos à tribuna.

Esses políticos estão a cata de votos e de likes.
Pense nisso!

 

 

 

 

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