Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Lula está assustado com declarações de Maduro, na Venezuela

Enquanto isso, aqui no Brasil, aumentou em 15,5% o número de assassinato de indígenas. Os dados são do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

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Romoaldo de Souza

Publicado em 22/07/2024 às 20:50
Lula se reunirá com Nicolás Maduro na sexta (01) em uma ilha do Caribe, discutindo eleições venezuelanas - RICARDO STUCKERT

MELINDRADO…
O presidente Lula da Silva (PT) não anda nada satisfeito com o amigo e afilhado Nicolás Maduro. Lula tem sido o advogado de defesa para que a Venezuela retorne ao acordo do Mercosul - hoje composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Venezuela foi expulsa do bloco em 2016, por “deixar de cumprir com obrigações assumidas.” Uma delas a falta de transparência “no exercício da democracia”.

…E ASSUSTADO
Lula disse a correspondentes internacionais que ficou “assustado” quando soube que Maduro havia dito que “se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue”, na Venezuela. “Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora”. Além do PT e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governo brasileiro vai encaminhar representante. O ex-ministro Celso Amorim vai acompanhar as eleições do próximo domingo (28).

CONTA OUTRA!
O presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante (PT), não perde uma oportunidade. Ao saudar os participantes do States of the Future, evento paralelo do G20, no Rio de Janeiro, afirmou que o Brasil “tem muita saudade” da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “É uma honra tê-la de novo aqui com o BNDES, o Brasil tem muita saudade da sua presença”, ressaltou. Mercadante foi ministro da Casa Civil, da Ciência e Tecnologia e também da Educação, no governo Dilma Rousseff.

CRESCE ASSASSINATO DE INDÍGENAS
Relatório sobre violência contra povos indígenas aponta que apesar de o governo Lula 3.0 dizer-se aliado dos povos originários, no Brasil, indígenas ainda são perseguidos e mortos. No primeiro ano do atual governo, 208 indígenas foram mortos. Mais de 15% em relação ao ano anterior, que foi o último de mandato de Jair Bolsonaro (PL). Os dados são do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) ligado à Igreja Católica.

CONTAS EM DIA
Curso sobre Prestação de Contas de Campanha para as Eleições 2024 será aberto nesta terça-feira (23), pelo presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCPE), Roberto Nascimento.

Coordenador da área no Tribunal Regional Eleitoral, Marcos Andrade, apresenta atualizações sobre as regulamentações para garantir a transparência e a legalidade nas eleições. “Os partidos e candidatos que não observarem as regras referentes à arrecadação e aplicação de recursos de campanha, além de terem suas contas julgadas desaprovadas pela Justiça Eleitoral, podem ter que recolher aos cofres públicos os recursos eventualmente recebidos com atualização monetária e multa”, alerta Andrade.

SALVE, BACO!
O deus do vinho — da agricultura e da folia, também — tem motivos para comemorar: está em marcha uma ação do senador Fernando Dueire (MDB-PE), junto ao Sistema S, para levar um hotel escola do Senac para o Vale do São Francisco. A cidade escolhida será Lagoa Grande onde estão implantadas seis vinícolas que, além da produção de espumantes e vinhos, desenvolvem um enoturismo atrativo que recebe cerca de três mil visitantes por mês.

“O turismo do vinho e da uva gera muito emprego, produz renda e riqueza. O semiárido nordestino é resiliente e multiplicador de grandes oportunidades”, argumenta o senador Dueire que articula também uma plataforma para qualificação de mão de obra na região. Tchim, tchim!

PENSE NISSO!
Não me causa surpresa a cúpula do PT e setores da comunicação do governo federal “soltarem os cachorros” contra os memes que “azucrinam” as ideias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Um ditado popular cairia bem em cima da mesa de sua excelência: “os cães ladram e a caravana passa”. Ignora! É feito apelido. Quando mais você se apoquenta, mais o epíteto “cola”.

O que não cabe é o governo — empanturrado de sérias divergências internas, uma desarticulação estrondosa no Congresso Nacional — achar “que esse motivo” só “fortalece os nossos [deles] argumentos de regulamentação das redes sociais”, conforme defendeu uma autoridade palaciana.

E pode ficar pior. Leio e escuto de profissionais da imprensa que bom seria se os “autores fossem responsabilizados”. Esses argumentos vêm de gente que não sai da redação, não tem contato com o mundo real. É o tipo de profissional que criticaria até mesmo o excesso de sal nas receitas que os jornais publicavam, para preencher os espaços censurados pela ditadura militar.

Pense nisso!

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