Militares teriam se beneficiado com dinheiro público em esquema que envolvia cinco empresas. Foto: JC Imagem/Arquivo
A Justiça Militar da União, no Recife, condenou seis pessoas, entre elas quatro militares, por um esquema de corrupção. Cerca de R$ 125 mil teriam sido desviados dos cofres públicos. Cinco empresas também teriam sido beneficiadas. O esquema funcionou entre os anos de 2009 e 2012, dentro de um batalhão do Exército, em Campina Grande, na Paraíba.
No mês passado, a Justiça Militar também condenou sete pessoas por corrupção no Hospital Militar do Recife.
Entre os réus condenados está um sargento, apontado como operador da quadrilha dentro do quartel. Além da prisão, ele também foi excluído das Forças Armadas.
Os pagamentos recebidos eram fruto de contratações irregulares. Duas empresas comercializavam material de limpeza e materiais de construção. Uma delas era uma pequena construtora, especializada em serviços de recuperação e construção, e duas outras de material de construção e serviços de reforma, as últimas administradas por um capitão reformado do Exército, que também participava do esquema de contratações e aquisições fictícias.
Durante as investigações, os peritos também verificaram que vários materiais foram adquiridos em quantidades muito superiores à demanda do batalhão, que nem mesmo disporia de espaço físico suficiente para armazenamento.
Além da simulação das aquisições, foi constatada também a inexistência de 17 dos 22 itens relacionados em notas fiscais relativas a serviços de manutenção, recuperação e construção de diversos setores do batalhão, em contratações fraudulentas.
JULGAMENTO
Um terceiro-sargento do Exército foi condenado por corrupção passiva e recebeu a pena de três anos e quatro meses de prisão. A mulher dele e um segundo -sargento também receberam a mesma pena. Um ex-2º tenente do Exército foi condenado por corrupção passiva, com pena de dois anos e quatro meses de reclusão. Um empresários foi condenado por corrupção ativa, com pena de um ano e oito meses de prisão. Um capitão aposentado do Exército, administrador de uma das empresas, foi condenado por corrupção ativa, e deve ficar um ano e dois meses na prisão.
Os seis condenados ainda podem recorrer da sentença no Superior Tribunal Militar, em Brasília.
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