Beatriz foi morta com 42 facadas em colégio particular de Petrolina. Crime continua sob mistério. Foto: Arquivo Pessoal
Prestes a completar dois anos, o assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos, em Petrolina, continua sem desfecho e terá um novo comando nas investigações. O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, confirmou nesta segunda-feira (27), em entrevista à Rádio Jornal, que a delegada Gleide Ângelo deixou o caso. No lugar dela foi designada a delegada Polyanna Néry.
"Ela já está debruçada sobre os 14 volumes dessa investigação. A gente não tem dúvidas de que ela vai encontrar esse suspeito", afirmou Pádua.
A mudança acontece duas semanas após os pais da criança cobrarem que mais empenho da Polícia Civil na condução das investigações. Eles fizeram críticas ao fato de o comando do inquérito estar nas mãos de uma delegada que vive no Recife, e não em Petrolina, onde a tragédia aconteceu.
A morte de Beatriz completa dois anos no próximo dia 10 de dezembro. Apesar de a Polícia Civil contar com a imagem de um suspeito que aparece com uma faca na frente do colégio, onde a menina foi morta, ainda não foi possível identificar quem era aquele homem. Segundo a gestora de Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, 96 homens com características físicas semelhantes ao do
rapaz que aparece na imagem ou com alguma suspeita de participação no crime já passaram por exames de DNA, mas o confronto do material genético deu negativo para todos eles.
SUSPEITOS
No final de outubro, a Polícia Militar prender um homem suspeito de um homicídio e ao afirmar que ele apresentava semelhanças físicas com o suspeito de matar a menina em Petrolina. A Polícia Científica colheu material genético dele para exames. O resultado ainda não foi divulgado. Mas, como mostrou o
Ronda JC, o
homem não poderia ter praticado o crime pois naquele 10 de dezembro de 2015 ele estava preso por tráfico de drogas na Cadeia Pública de Santa Maria da Boa Vista. A prisão aconteceu oito dias antes do homicídio e ele só teve o relaxamento autorizado pela Justiça em maio do ano seguinte.
O CASO
O corpo de Beatriz Motta foi encontrado com várias lesões provocadas por faca dentro de uma sala isolada no colégio particular onde ela estudava. Acontecia uma festa de formatura e a instituição estava bastante movimentada, mas nenhuma testemunha disse ter visto o crime. A Polícia Civil ainda não conseguiu identificar o autor e nem esclareceu à sociedade qual a motivação do homicídio.
O caso - que já passou pelas mãos de vários delegados - estava com a delegada Gleide Ângelo há cerca de um ano. Segundo as investigações, com base no depoimento de testemunhas, o suspeito teria tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz.
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