'A periculosidade é concreta', diz juiz sobre universitário que provocou acidente

Publicado em 28/11/2017 às 10:13
Foto: Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira está no Cotel. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira já está no Cotel. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Na decisão sobre a prisão preventiva do universitário João Victor de Oliveira, 25 anos, o juiz Luiz Carlos Vieira destacou que o acidente na Tamarineira, que deixou um saldo de três mortes, causou "grande perplexidade à sociedade" e que o motorista não teve "a menor sensibilidade" ao " dirigir em alta velocidade e embriagado". Segundo o magistrado, o universitário já respondeu a processo por porte de droga para consumo pessoal. "A periculosidade é concreta", definiu. João Victor está no Cotel desde a tarde dessa segunda-feira (27). Está isolado numa cela, por medida de segurança. Confira trecho da decisão judicial que determinou a prisão preventiva do motorista, após audiência de custódia: "A existência do fato está provada pelos documentos constantes dos autos, notadamente pelo boletim de identificação de cadáver, bem como pelo exame de etilômetro. O autuado admitiu que fez uso de bebida alcoólica e dirigiu o veículo envolvido no fato. Presente o fundamento da ordem pública. A imposição da prisão preventiva tem por escopo tranquilizar a sociedade, pois os crimes perpetrados pelo autuado causaram grande perplexidade à sociedade, consistindo em repercussão social, tendo como finalidade, impedir que o mesmo volte a delinquir, em razão de estar sendo investigado, em tese, de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual. Há informações de que o veículo conduzido pelo autuado possui várias notificações de trânsito. É de se observar, que o autuado já respondeu por porte de droga para consumo pessoal. A periculosidade é concreta. O modus operandi causou grande impacto social, sobretudo por ter retirado a vida de jovens adultos e de pelo menos uma criança, sem a menor sensibilidade do condutor na dimensão da gravidade da ação delituosa e sofrimento dos familiares das vítimas, que ao dirigir em alta velocidade e embriagado, conforme relatam as peças policiais, assumiu diretamente o agente o risco de produzir, de forma consciente, o resultado lesivo, caracterizando, portanto, o dolo eventual. É sabido que os atributos pessoais do custodiado como a primariedade, os bons antecedentes, a residência certa e o emprego definido, a princípio não justificam, por si sós, não são suficientes para justificar a liberdade provisória." INDICIAMENTO Universitário estava bêbado e dirigia em alta velocidade, segundo a polícia. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Inicialmente, o universitário foi autuado em flagrante por duplo homicídio doloso (com intenção de matar) e tripla lesão corporal gravíssima. Mas, a conclusão do inquérito policial, coordenado pela Delegacia de Delitos de Trânsito, será diferente, visto que uma das crianças faleceu na tarde da segunda-feira (27) e ele também deve responder pela morte do feto da babá Roseane Maria de Brito, 23 anos. LEIA TAMBÉM Mais de 450 mil multas por alta velocidade registradas neste ano em Pernambuco Polícia Civil de PE quer negociar delação premiada com traficantes e homicidas      
TAGS
polícia Universidade
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory